Mineira radicada no Espírito Santo, a nadadora Patrícia Pereira conquistou a sua segunda medalha no Mundial de Natação Paralímpica que acontece em Singapura.
O novo pódio veio na prova dos 50m livre S4 (comprometimento físico-motor), na final disputada na manhã desta quinta-feira (25). Patrícia marcou 41s02 e ficou com a medalha de bronze.
O ouro foi para a norte-americana Katie Kubiak, que completou a distância em 36s83 e estabeleceu um novo recorde mundial, e a prata ficou com a carioca Lídia Cruz, com 39s98.
Terceira medalha de uma representante do ES
Esta foi a segunda medalha de Patricia Pereira no Mundial de Singapura. Ela estreou no domingo com o bronze nos 50m peito classe SB3, com o tempo de 57s70.
Foi também a terceira medalha de uma representante do Espírito Santo na competição, junto com a prata de Mariana Gesteira nos 100m livre da classe S9 (limitação físico-motora moderada).
Quem é a nadadora Patrícia Pereira
Patrícia Pereira tem quatro medalhas em Jogos Paralímpicos: duas pratas — 4x50m livre no Rio-2026 e 50m peito em Paris-2024 — e dois bronzes — 4x50m livre em Tóquio-2021 e 4x50m livre em Paris-2024.
Ela nasceu em Coronel Fabriciano (MG) e atualmente defende o clube Naurú (SP), mas passou a vida inteira no Espírito Santo. Ela foi baleada no pescoço em 2002, durante um assalto a uma casa lotérica onde trabalhava como caixa, em Vitória, e ficou tetraplégica.
Num centro de reabilitação no Estado, conheceu primeiro o basquete em cadeira de rodas. Porém, em 2009, foi convidada para um projeto que envolvia a natação, que foi o ponto de partida para a atleta ingressar na modalidade.