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Paulinho recebe homenagens em emotivo adeus ao Corinthians

Ao lado dos quatro troféus conquistados na vitoriosa passagem pelo Corinthians e com a família presente, o volante Paulinho se despediu do Timão

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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Ao lado dos quatro troféus conquistados na vitoriosa passagem pelo Corinthians, com destaque para a Libertadores e o Mundial de 2012, e com a família presente, o volante Paulinho se despediu do clube nesta quarta-feira (29).

O jogador que deu alegrias à torcida recebeu homenagens pelas 219 partidas disputadas e 40 gols anotados e se emocionou. “É uma despedida de gratidão. Me sinto privilegiado e lisonjeado.”

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Definido como “profissional exemplar, ser humano fantástico e líder” pelo Corinthians, Paulinho recebeu uma camisa do clube enquadrada com o número 8 deitado, significando o infinito, e seu nome às costas. A mulher do jogador, Vivian, e também os filhos Sofia e José — Ana Beatriz e Benjamin não puderam comparecer —, estiveram presentes. Da mão das crianças, recebeu uma placa comemorativa.

“A gente tem muito orgulho do José Paulo, o Paulinho, a gente te ama”, disse Vivian, às lágrimas e sem conseguir falar mais.

Paulinho também não se conteve. Com a voz embargada, assumiu que seria difícil falar.

“Foram algumas noites pensando que chegaria esse momento. Dentro de muitas coisas, é uma despedida de gratidão, a palavra que levo desse clube, palavra que coloquei ontem em algumas entrevistas. Quando falo a cultura Corinthians, é porque é uma cultura viver dentro desse clube. Me sinto privilegiado e lisonjeado por ter feito parte de uma história tão bonita, tão linda aqui dentro”, afirmou Paulinho, bastante emocionado.

O jogador fez questão de destacar a boa relação com todos os funcionários do clube.

“São ciclos, eles chegam, se encerram para outros iniciarem. É olhar para trás e falar que dei o meu melhor por essa camisa, com amor, carinho, lealdade, sendo verdadeiro com a instituição e o torcedor. Dentro disso, é agradecer a todos pelo carinho e respeito comigo e com minha família, e a todos funcionários. E uma parte que toca um pouquinho mais (voltou a chorar), pessoas aqui dentro que sabem o que faço pelos cozinheiros, os tios e tias da limpeza, a Priscila e o Mancha, que me aturaram por muitos anos… É legal e o jogador tem de entender e reconhecer quem faz de tudo para você performar dentro de campo, quem arruma sua cama, faz seu café, almoço e janta. É minha gratidão, que vou levar por toda minha vida. É isso, difícil encontrar palavras, mas obrigado por tudo Corinthians, obrigado torcida corintiana e aqui fica um eterno torcedor do Corinthians.”

GOL MAIS IMPORTANTE

Paulinho ainda atendeu aos jornalistas e definiu o gol contra o Vasco nas quartas de final da Libertadores de 2012 como o momento mais importante no clube. Foi questionado se a despedida, a conquista daquele título ou do Mundial não estariam à frente.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Paulinho chorou mais uma vez na despedida

“Só pode responder um? A situação do gol no Vasco foi uma coisa fora da curva. O que vivenciei naquele dia, fica um passinho à frente. E todas as emoções que vivi no Corinthians foram importantes, as boas, os momentos ruins… Quando você vive um momento ruim, ele te faz crescer, evoluir e evoluí na minha vida como atleta, homem, e ser humano. Não tenho nada para questionar, é só gratidão”, afirmou.

Sobre o futuro, garantiu que não tem nada definido. O Grêmio poderia ser sua nova casa.

“Eu não tenho destino, não tenho proposta oficial, nada disso. Enxerguei muitas especulações a meu respeito, mas não há nada certo. Acho que essa questão do sétimo jogo, sentamos com a diretoria, conversei, se tivesse possibilidade de jogar em outro clube brasileiro, tinha de trabalhar isso também”, explicou. “Até mesmo para eu não atrapalhar a programação do clube, da comissão técnica. Sentamos, conversamos e nos acertamos.”

Por fim, esclareceu que não estava pedindo um contrato de 18 meses para renovar. “Não estava pedindo um ano meio, era apenas uma extensão até dezembro e depois definiríamos se ficaria ou não.”

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