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Pelé diz que ouro olímpico no futebol provocaria 'carnaval' no Brasil

Pelé diz que ouro olímpico no futebol provocaria ‘carnaval’ no Brasil Pelé diz que ouro olímpico no futebol provocaria ‘carnaval’ no Brasil Pelé diz que ouro olímpico no futebol provocaria ‘carnaval’ no Brasil Pelé diz que ouro olímpico no futebol provocaria ‘carnaval’ no Brasil

Paris

Maior nome da história do futebol, Pelé acompanhará como um torcedor a nova tentativa da seleção brasileira de enfim faturar a medalha de ouro olímpica. Avaliando que essa conquista é a mais desejada pelo torcedor brasileiro às vésperas dos Jogos do Rio, ele aposta que haverá uma grande festa em caso de êxito da equipe dirigida por Rogério Micale e liderada por Neymar.

“Se ganhar o torneio de futebol, eu não tenho nenhuma dúvida que as pessoas vão para a rua. Será como o carnaval. Eu realmente espero que nós tenhamos a chance de ganhar esta medalha de ouro”, afirmou o Rei do Futebol em entrevista ao jornal francês Le Parisien, publicada nesta terça-feira.

Pelé também celebrou a realização da Olimpíada no Rio apenas dois anos depois de o País sediar a Copa do Mundo, vencida pela Alemanha e que ficou marcada pelo acachapante triunfo dos campeões sobre a seleção brasileira por 7 a 1 nas semifinais.

“Acho que o Brasil é o melhor lugar para sediar os Jogos Olímpicos. Nós ainda nos lembramos da final da Copa do Mundo. A derrota do Brasil nas semifinais foi um desastre sem explicação. Tenho certeza de que estes Jogos serão excelentes. Esta será a Olimpíada de todos. Vai ser uma festa”, disse.

Cotado para ser o responsável por acender a pira olímpica, Pelé, claro, manteve o mistério sobre o escolhido para fazê-lo, mas se lembrou do histórico momento nos Jogos de Atlanta, em 1996, quando Muhammad Ali teve a incumbência de realizar o ato simbólico.

Aos 75 anos, Pelé ainda se recupera de uma cirurgia no quadril, o que tem dificultado a sua locomoção, que vem sendo auxiliada pelo uso de uma bengala. Durante a passagem da tocha olímpica, Pelé até a carregou, mas não a conduziu, o que o manteve como candidato a acender a pira.

“Seria uma honra. Quando o Brasil foi eleito para sediar os Jogos, recebi a chama. Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Atlanta, nos Estados Unidos, eu conheci pela primeira vez Muhammad Ali, que conduziu a tocha por último. Esta é uma das minhas maiores memórias. Seria uma grande oportunidade no meu país, mas, você sabe, eu não afirmo nada”, comentou.

O boxeador norte-americano, aliás, foi citado por Pelé como o maior atleta olímpico do passado. O Rei do Futebol brincou ao declarar que só não se citaria por não ter participado de uma edição dos Jogos e avaliou que hoje o astro jamaicano Usain Bolt é incomparável.

“Eu nunca participei dos Jogos. Caso contrário, eu teria dito: ‘Eu’. Mas, sério, agora, há Usain Bolt. Ele é o homem que impõe o seu estilo. Já é uma lenda. Os Jogos Olímpicos são diferentes do futebol e é difícil comparar. Mas Bolt está acima. Eu fui o mestre de futebol, ele é o mestre da nova geração”, afirmou.