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Polêmica com Abramovich em Portugal motiva regras mais duras para obter cidadania

Polêmica com Abramovich em Portugal motiva regras mais duras para obter cidadania Polêmica com Abramovich em Portugal motiva regras mais duras para obter cidadania Polêmica com Abramovich em Portugal motiva regras mais duras para obter cidadania Polêmica com Abramovich em Portugal motiva regras mais duras para obter cidadania

O nome de Roman Abramovich está envolvido em mais uma polêmica. Depois de ser obrigado a colocar o Chelsea à venda por sua ligação com Vladimir Putin, o magnata russo virou pivô de uma mudança na legislação de Portugal para a obtenção de cidadania no país. O governo endureceu as regras de concessão da nacionalidade para os descendentes judeus sefarditas. Agora, uma das exigências é a comprovação de um vínculo real e concreto com o país. Essas novas normas estão em um decreto aprovado pelo Conselho de Ministros de Portugal e promulgado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa no último dia 9.

Com as novas regras em vigor, a comprovação do vínculo efetivo com Portugal poderá ocorrer de diversas formas, desde a herança de um imóvel até visitas ao país ao longo de sua vida. Antes, o certificado de que o cidadão era descendente de judeus sefarditas, expulsos do país há mais de 500 anos no período da Inquisição, já era suficiente, por exemplo.

“Convém que todas as pessoas que tenham a nacionalidade portuguesa também tenham um vínculo contemporâneo com Portugal. Que elas mesmas tenham um vínculo com Portugal e não só seus tataravós”, afirmou o primeiro-ministro de Portugal, Augusto Santos Silva.

Além da alteração dessa legislação, o Ministério Público português anunciou ter aberto uma investigação sobre a concessão da nacionalidade a Abramovich. Na última semana o rabino que ficou encarregado por certificar a ascendência sefardita do oligarca russo foi detido em Portugal

Com as sanções aplicadas a Abramovich pela União Europeia, todos os seus bens em Portugal estão congelados. Apesar disso, Santos Silva explicou que a entrada do oligarca no país não pode ser proibida por conta do passaporte que ele possui.

VENDA DO CHELSEA

Abramovich se viu obrigado a colocar o Chelsea à venda após ser alvo do Parlamento Britânico – e da pressão da opinião pública – por sua amizade com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Poucos dias após a invasão das tropas russas à Ucrânia, o bilionário anunciou que estava se desfazendo do clube. No entanto, as sanções recebidas pelo governo britânico o impossibilitou de fazer qualquer tipo de negociação com o time londrino, que por sua vez está com as contas bloqueadas.

Na última semana, o governo do Reino Unido afirmou que não iria dificultar a venda do clube e poderia ajudar no negócio caso surgisse um interessado. Segundo a imprensa britânica, o Saudi Media Group, da Arábia Saudita, teria feito uma oferta de 2,7 bilhões de libras (R$ 18 bilhões na cotação atual). Até o momento, nenhum acordo oficial foi divulgado.