Brasília –
Último jogador a se apresentar à seleção olímpica, o meia Renato Augusto aposta na consciência tática que o caracteriza para se adaptar rapidamente à equipe e às propostas do técnico Rogério Micale. No pouco tempo de convivência com os jogadores, ele diz ter percebido que o grupo está pronto para lutar por medalhas e ele preparado para fazer sua parte.
Renato Augusto é um dos três jogadores com idade acima de 23 anos da seleção e chega para ser titular. Aos 28 anos, diz ter aprendido a ler o jogo e considera esse um dos principais legados que obteve no decorrer da carreira. “Você começa a ter uma obediência tática diferente, enxergar o jogo de outra forma. Mais novo ,eu pensava individualmente, em procurar o drible e arriscar um pouco mais. Hoje jogo mais recuado, tenho outra visão do jogo.”
Um dos trunfos que Renato Augusto diz ter é a facilidade de fazer várias funções dentro de campo. “Tenho facilidade de jogar em todas posições do meio de campo, mais recuado e mais à frente. Já joguei de tudo na China. Aberto, de centroavante, meia, mas nos últimos jogos eu venho jogando de segundo volante ao lado do Ralf”, contou o atleta do Beijing Gouan.
Ele diz estar “gostando bastante” do pensamento do técnico Rogério Micale, e não se assusta com o fato de ele ter filosofia ofensiva. Para Renato Augusto, basta que todos tenham consciência e disciplina tática que o esquema dará resultados.
“É da consciência tática de cada um. Jogar com três atacantes não quer dizer que só vai jogar pra frente; com três volantes, não quer dizer que é defensivo. Futebol hoje é muito diferente, não existe mais jogador que só ataca ou só marca.”