O time capixaba Rio Branco comunicou que rescindiu o contrato com o atacante Morotó Pereira. O encerramento do contrato acontece após o jogador fazer ataques homofóbicos contra a jogadora Marta, camisa 10 da Seleção Feminina.
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A confirmação foi feita por meio de uma postagem nos stories do Instagram do time. Na imagem, o Capa-Preta afirma que Morotó teve o “contrato oficialmente rescindido nesta sexta-feira (4)”.
“Elas vão para o fogo do inferno”, disse Morotó
O caso teve início na última quarta-feira (02), quando Morotó Pereira fez uma postagem no seu perfil do Instagram usando uma foto de Marta com a namorada dela, Carrie Lawrence. Marta é assumidamente homossexual.
Morotó fez o comentário homofóbico em uma rede social e depois compartilhou a mensagem nos stories. No texto, ele declara:
“É uma pena que elas vão queimar no fogo do inferno. Será que elas conhecem a palavra de Deus? Eu sinto muito em dizer isso, mas todas elas vão para o fogo do inferno. Sinto muito, mas isso não são palavras minhas, são palavras do Senhor Todo-Poderoso, todas elas vão para o inferno”, disse Morotó.
O atacante apagou a publicação, mas logo depois, também nos stories, publicou vídeos em que alega que não é homofóbico e que apenas “segue a palavra de Deus”.
Rio Branco chegou afastar o atacante após postagem
No mesmo dia, o Rio Branco comunicou oficialmente afastamento do atacante Morotó.
Em nota oficial, o clube afirmou que repudia veementemente as declarações do atacante e ressalta que não compactua com falas e ações homofóbicas.
“Somos um clube que há 110 anos luta contra todo o tipo de preconceito. Temos por princípios a defesa da diversidade e da igualdade. O futebol precisa ser ambiente de acolhimento e respeito, por isso sempre reforçamos nosso posicionamento contra todas as manifestações intolerantes”, diz trecho da nota.
“Entendemos que o futebol vai muito além das quatro linhas, pois tem o poder de mobilizar as pessoas e transformar vidas, sendo instrumento para fomentar a conscientização sobre os destrutivos impactos da discriminação”, seguiu.
Confira a nota completa:
