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Rio já procura interessados em concluir obras do Centro Olímpico de Tênis

Rio já procura interessados em concluir obras do Centro Olímpico de Tênis Rio já procura interessados em concluir obras do Centro Olímpico de Tênis Rio já procura interessados em concluir obras do Centro Olímpico de Tênis Rio já procura interessados em concluir obras do Centro Olímpico de Tênis

São Paulo – Horas após publicar a rescisão do contrato com o Consórcio ITD, a Prefeitura do Rio já procura interessados em dar continuidade à obra do Centro Olímpico de Tênis, localizado no Parque Olímpico da Barra. “A Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) já está em contato com diversas empresas do ramo interessadas em assumir a obra. Uma comissão será criada para apurar o saldo restante do contrato e o valor a ser pago à próxima contratada”, disse, em nota a RioUrbe.

De acordo com a RioUrbe, desde a última quinta-feira não há registro de atividades no canteiro de obras. Ainda segundo o governo municipal, na sexta-feira o consórcio foi notificado para a retomada da execução das obras, com prazo até a última segunda-feira, o que não teria ocorrido.

“Como não havia responsável na obra nem na sede da empresa, o documento foi entregue ao sócio/responsável técnico em sua residência”, continua a nota. “Diante desses fatos, decidiu-se pelo rompimento do contrato com o Consórcio, que já recebeu R$ 149 milhões do total de R$ 175,4 milhões do contrato, iniciado em 31 de outubro de 2013”, explica a RioUrbe.

O consórcio, formado pelas construtoras IBEG, Tangran e Damiani, reclama que a prefeitura atrasou os repasses, o que a RioUrbe nega. “Não há atraso de repasse ou resto a pagar ao consórcio”, diz a nota. “Uma nova empresa será contratada pelo valor residual do contrato”, completa.

Em dezembro, mais de 200 funcionários da obra foram demitidos, sem, contudo, receberem a verba rescisória e o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Por causa disso, os operários realizaram pelo menos três protestos nos primeiros dias do ano.

Em nota enviada mais cedo, o consórcio não negou a dívida com os funcionários, dispensados à medida que a obra se aproxima do seu fim. As construtoras reclamam do “desequilíbrio econômico-financeiro sofrido em função da enorme alteração unilateral do projeto básico licitado por parte da prefeitura, bem como pelos constantes pagamentos incompletos das faturas emitidas”.

Elas garantem que a obra está dentro do prazo, “faltando apenas a interligação com os outros estádios e o próprio Complexo Olímpico”, intervenções que não dependem exclusivamente do consórcio.

A rescisão com o consórcio foi publicada no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, com base em legislação federal. A prefeitura se baseia nos incisos que justificam a ruptura contratual em casos de “não cumprimento ou cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos”, “lentidão do seu cumprimento, levando a administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra nos prazos estipulados”, “paralisação da obra sem justa causa” e “cometimento reiterado de faltas na sua execução”.

Uma das empresas do consórcio, a Ibeg passa por dificuldades financeiras e está com problemas para finalizar as obras no lado sul do Complexo de Deodoro, que ela toca sozinha. A empresa já teria sido notificada a respeito do atraso no Centro Olímpico de Hipismo, localizado em Deodoro.

O Centro Olímpico de Tênis tem uma quadra central e duas secundárias permanentes, além de outras 13 provisórias que serão construídas para a Olimpíada uma ao lado da outra, sendo sete com capacidade para 250 espectadores cada e outras seis de aquecimento. As obras já estão 95% prontas, faltando finalizar as quadras de apoio, que terão capacidade para 2 e 3 mil espectadores.

O chamada quadra central, que tem capacidade para 10 mil espectadores, já foi utilizada para o evento-teste do tênis, em dezembro. O local foi visitado pela reportagem da Agência Estado também em dezembro e a parte de construção civil parecia muito perto de ser finalizada. Alguns ajustes ainda seriam feitos, como a troca de todas as cadeiras, por modelos mais resistes do que aqueles provisórios utilizados no evento-teste.