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Rival do Brasil na Copa do Mundo, França demite técnica após atrito com jogadoras

Sob justificativa de "preservar a saúde mental", a capitã Renard anunciou há duas semanas que não defenderia mais a seleção devido à relação com Corinne Deacon

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Foto: Divulgação / Federação Francesa de Futebol

As jogadoras da seleção francesa de futebol ganharam a queda de braço com Corinne Deacon, demitida nesta quinta-feira. Após três atletas deixarem a equipe nacional por reprovação ao trabalho da treinadora, a Comissão Executiva da Federação Francesa de Futebol (FFF) concluiu uma análise do trabalho, avaliou as reclamações e concluiu que a dispensa da comandante era o único caminho.

Em declarações de amor à equipe nacional, mas sob justificativa que precisava “preservar a saúde mental”, a experiente capitã Wendie Renard anunciou, faz duas semanas, que não defenderia mais a seleção devido à relação conturbada com Corinne Deacon. No mesmo dia, as atacantes titulares Diani e Katoto seguiram o mesmo caminho.

A federação prometeu analisar o caso e tomar um decisão rápida para não prejudicar a preparação para a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, agendada para julho, na qual a seleção vai encarar o Brasil, na segunda rodada e o veredicto veio nesta quinta-feira.

“A FFF, reunida nesta quinta-feira, dia 9 de março, recebeu as conclusões da comissão incumbida pelo Presidente interino, Philippe Diallo, de elaborar um relatório sobre a situação da seleção feminina francesa, na sequência das várias posições de várias jogadoras. Composta por quatro membros do Comex (Laura Georges, Aline Riera, Jean-Michel Aulas e Marc Keller), esta comissão apresentou suas conclusões e propôs suas recomendações”, iniciou a nota da entidade.

Apesar de uma análise positiva do trabalho, houve o reconhecimento que o clima entre técnica e time eram insustentáveis. “As inúmeras audições realizadas permitiram constatar uma clivagem muito significativa com os intervenientes executivos e evidenciaram uma discrepância com as exigências do altíssimo nível”, afirmou a FFF. “E chegou a um ponto sem volta que prejudica os interesses da seleção. Se a FFF reconhece o envolvimento e a seriedade de Corinne Deacon e do seu staff no exercício da sua missão, verifica-se que as avarias observadas parecem, neste contexto, irreversíveis. Perante estes elementos, foi decidido pôr termo à missão (finalizar o trabalho) de Corinne Deacon à frente da seleção feminina francesa.

Com a atitude, a FFF espera que as jogadoras voltem à seleção, para que a França não dispute a Copa enfraquecida. “Esta mudança de treinadora insere-se numa nova ambição global liderada pela FFF em prol do desenvolvimento do futebol feminino e do desempenho da seleção francesa, que terá de atingir objetivos elevados durante a Copa e as Olimpíadas de 2024”, cobrou a entidade.

Philippe Diallo ainda cobrou da comissão uma audição, o mais rapidamente possível, dos candidatos ao cargo de treinador e mandou um recado às jogadoras. “O Comex notou que a forma utilizada pelas jogadoras para expressar suas críticas não era mais aceitável no futuro e pretende propor na governança da seleção feminina francesa uma missão a mais entre o Comex e o técnico.”