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Rosenberg diz que jurídico do Corinthians 'se divertirá' com risco ao Itaquerão

Luis Paulo Rosenberg explica que a estrutura de financiamento do estádio é diferente da que foi utilizada em estádios públicos

Rosenberg diz que jurídico do Corinthians ‘se divertirá’ com risco ao Itaquerão Rosenberg diz que jurídico do Corinthians ‘se divertirá’ com risco ao Itaquerão Rosenberg diz que jurídico do Corinthians ‘se divertirá’ com risco ao Itaquerão Rosenberg diz que jurídico do Corinthians ‘se divertirá’ com risco ao Itaquerão

O diretor de marketing do Corinthians, e um dos responsáveis pela negociação da construção do estádio Itaquerão, Luis Paulo Rosenberg, demonstra tranquilidade e trata com bom humor a ação julgada procedente pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul, que determina o ressarcimento de R$ 400 milhões pelo clube, Odebrecht, entre outros, à Caixa Econômica Federal. “Deixa o nosso jurídico se divertir com isso. No final, a gente mostra que sempre tentou se alinhar com o bem”, disse o dirigente, em entrevista ao Estado.

Luis Paulo Rosenberg explica que a estrutura de financiamento do estádio é diferente da que foi utilizada em estádios públicos feitos para a Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, a Arena Pernambuco, no Recife, por exemplo, tomou empréstimo do governo federal e seus administradores deram como garantia a parte deles de um fundo de participação de Estados e municípios que a União arrecada. Logo, é risco zero para o BNDES, pois a receita virá do pagamento do estádio ou do fundo.

No caso do Corinthians, como o BNDES não pode repassar dinheiro para clubes de futebol, partidos políticos, igrejas e hospitais, a forma encontrada para obter o financiamento foi conseguir o valor por meio de um empréstimo feito pela Odebrecht. “A empreiteira era a grande interessada na obra e foi assim que conseguimos a linha de crédito. Mas dizer que isso torna o financiamento descoberto… Não sei. Uma Braskem (empresa química e petroquímica que é controlada pela Odebrecht) é uma garantia maior que as finanças de um Estado como o Rio, por exemplo”, comparou.

Pelo fato de a decisão ter sido em primeira instância, cabe recurso e Corinthians e Odebrecht já avisaram que vão recorrer. O diretor de marketing acredita ser algo de fácil resolução. “É uma questão técnica em que uma instância com desembargadores, que tem assessoria mais versada em problemas financeiros, mostrará que é um assunto totalmente vazio”, assegurou.

O advogado que entrou com a ação é Antônio Pani Beiriz, que vive no Rio Grande do Sul e já havia tentado vetar o patrocínio da Caixa ao Corinthians em 2013. “Vivi a ditadura. Todos esses episódios, acho bacana. Enquanto todo mundo pode fazer a loucura que lhe apetece, a Justiça mostra que no final a verdade sobressai, acho bom”, disse Luis Paulo Rosenberg.