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Sabella quer reduzir dependência de Messi contra Nigéria

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Belo Horizonte – Com a classificação garantida para a próxima fase da Copa, a Argentina tem uma missão clara para o jogo desta quarta-feira contra a Nigéria, às 13 horas, no Beira-Rio, em Porto Alegre: diminuir a dependência de Messi. A opinião não é das ruas ou dos jornalistas, mas do próprio técnico Alejandro Sabella, que admite que a equipe não pode viver só dos lampejos do craque do Barcelona.

“Sempre que há um jogador como Messi existe uma dependência. Temos de tratar para que seja menor, mas a dependência existe”, reconhece. “Queremos tirar o peso que há sobre ele. Somos uma equipe e temos de nos ajudar”, completa.

Para tirar esse peso dos ombros de Messi, o treinador não pretende mexer no esquema da equipe. A formação com três atacantes está mantida. Por outro lado, o técnico argentino não confirma quais as peças que vão tentar a terceira vitória de sua seleção na Copa.

O lateral Rojo deve ser poupado – por causa do cartão amarelo que levou. Basanta deve ser escalado. Nem o próprio Lionel Messi tem presença confirmada. “Se ele estiver bem, vai jogar. Vamos ver como será o treino”, disse Sabella, referindo-se ao reconhecimento do gramado, nesta terça à tarde.

O caminho para a Argentina diminuir sua dependência de Messi começa pela mobilidade dos jogadores. Em vários lances da partida contra o Irã, por exemplo, o atacante Agüero caminhava para receber os passes e, com isso, os zagueiros chegavam primeiro. Higuaín tocava e ficava parado, sem criar opções para a continuidade da jogada.

O treinador também reconheceu esse problema. “Temos de melhorar. Começando por mim. É preciso ter mais mobilidade para encontrar espaços. É preciso que tenham mais minutos para jogarem tudo aquilo que esperamos”, afirmou.

PÁREO DURO – Os jogadores sabem que terão dificuldades para melhorar seu jogo. “A Nigéria é um time rápido no ataque, independentemente de quem jogue. É uma equipe que tem muita potência física. Quando recuperam a bola, usam o físico para atacar”, apontou o meia Di María. Também preocupa a defesa africana, especialmente o goleiro Enyeama, que atua no Lille, da França. Ele é o único arqueiro que ainda não sofreu gols neste Mundial. O treinador, no entanto, revela o ponto fraco do rival. “Talvez não tenham a mesma atitude para marcar, como o Irã, é uma questão de filosofia”, afirma.

Argentina e Nigéria já se enfrentaram em outras Copas (1994, 2002 e 2010), sempre com vitória dos sul-americanos. No total, levando-se em conta apenas a seleção principal, foram seis confrontos, com quatro vitórias para os hermanos, um empate e uma derrota. “Jogamos contra os nigerianos em outros Mundiais e nossas vitórias foram sempre com bola parada”, diz o treinador argentino, antecipando um expediente que pode ser usado nesta quarta.

Do lado nigeriano, que precisa apenas de um empate para se classificar, o técnico Stephen Keshi afirma que pode vencer. “Messi é um gênio, mas queremos ganhar”, afirmou.