Esportes

Sampaoli quer evitar duelo contra Brasil nas oitavas

Sampaoli quer evitar duelo contra Brasil nas oitavas Sampaoli quer evitar duelo contra Brasil nas oitavas Sampaoli quer evitar duelo contra Brasil nas oitavas Sampaoli quer evitar duelo contra Brasil nas oitavas

Rio – A classificação antecipada da seleção chilena valeu ao treinador Jorge Sampaoli ao menos uma certeza: é preciso vencer a Holanda na terceira e última rodada da primeira fase para não enfrentar o Brasil logo nas oitavas de final. Embora não tenha dito de modo explícito, Sampaoli deixou claro na entrevista coletiva após a partida não acreditar que o Brasil venha a perder para Camarões na segunda-feira. “Temos de tentar ganhar o grupo (B)”, disse ele.

O Brasil, disse ele, é o “candidato natural” à conquista da Copa, por ter uma boa seleção e estar jogando em casa. “A melhor vitória é a que vem. Sempre penso nisso. O mais importante agora é valorizar o grupo. Fico orgulhoso de estar à frente desse grupo de jogadores. Mas temos de tratar de fazer um esforço contra a Holanda, outra potência do futebol mundial, para não chegarmos em segundo (no Grupo B)”, acrescentou.

Na opinião de Sampaoli, a receita para vencer o Brasil, caso as seleções se enfrentem nas oitavas, é manter a estratégia que vem se mostrando vitoriosa neste Mundial. “Eliminamos o campeão do mundo (Espanha) com autoridade, valentia e ataque. Nos classificamos antes do término da primeira fase. Estou muito contente”, falou ele nos quase 15 minutos em que respondeu aos jornalistas que lotaram o auditório do estádio do Maracanã.

ESTRATÉGIA – Contra a Holanda, também segunda-feira, em São Paulo, Sampaoli pregou que o time do Chile apresente uma postura em que prevaleçam, além de um bom futebol, “humildade e sacrifício”.

“Temos de ir de partida em partida, com a mesma concentração. Temos de jogar com humildade e sacrifício. Dessa forma, seremos competitivos”, afirmou ele, que assumiu a seleção chilena após campanhas de sucesso no país em competições disputadas a partir de 2011.

De acordo com o técnico do Chile, de 54 anos, nascido na Argentina e discípulo declarado do treinador compatriota Marcelo Bielsa, a tática para superar a Holanda já está em estudo. Mas ele não revelou o que pretende fazer para parar uma seleção que goleou a Espanha, campeã do mundo, por 5 a 1, e tem como expoentes os atacantes Robben e Van Persie, este suspenso porque levou o segundo cartão amarelo no jogo contra a Austrália.

Contratado pela Federação de Futebol do Chile para comandar a seleção nas eliminatórias e na Copa, Sampaoli destaca ter dotado a equipe de um senso de “coletividade” inexistente nas equipes que representaram o país nas competições mundiais anteriores. “Temos uma preocupação coletiva que, seguramente, manteremos. Esse grupo prioriza a equipe. Creio que este é o melhor Chile da história. Se verá isso daqui a um tempo”, previu.

Sobre a estratégia vitoriosa adotada nesta quarta-feira, Sampaoli comentou ter definido como prioritária a tática de pressionar os zagueiros espanhóis ainda no campo adversário. Segundo ele, “era fundamental” desenvolver “uma pressão inicial” por parte dos atacantes Alexis Sánchez e Eduardo Vargas (ex-Grêmio), escolhido o melhor jogador em campo pela Fifa.

LESÕES – Além de Sánchez e Vargas, o treinador elogiou o bastante o meia Arturo Vidal, que atua na italiana Juventus. Apontado como craque do time, Vidal chegou a ser dúvida para a Copa do Mundo, pois sofreu recente operação no joelho direito. Vidal atuou na estreia contra a Austrália – vitória chilena por 3 a 1 – e jogava bem contra a Espanha quando foi substituído no segundo tempo, para dar lugar a Carmona.

O meia assinalou ao treinador que deveria sair. Sampaoli minimizou a possibilidade de Vidal ter sentido a contusão antiga e disse contar com ele na partida decisiva contra a Holanda. “Vidal atuou de modo intenso, jogou muito tempo. É normal que tenha algum inconveniente ao final”, ponderou.