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Santos teve 11 treinadores nos últimos quatro anos, com três fazendo menos de dez jogos

Santos teve 11 treinadores nos últimos quatro anos, com três fazendo menos de dez jogos Santos teve 11 treinadores nos últimos quatro anos, com três fazendo menos de dez jogos Santos teve 11 treinadores nos últimos quatro anos, com três fazendo menos de dez jogos Santos teve 11 treinadores nos últimos quatro anos, com três fazendo menos de dez jogos

O Santos está novamente em busca de um treinador no mercado. O clube acumula 11 técnicos diferentes nas últimas quatro temporadas, marcadas pela ausência de títulos e campanhas ruins. Desse total, três fizeram menos de dez jogos, incluindo Diego Aguirre, demitido nesta sexta-feira após a derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, quinta-feira, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão. O time está na zona de rebaixamento.

Conhecido por montar defesas sólidas, Aguirre foi contratado com a esperança de fazer o Santos ser menos vulnerável, mas não conseguiu corresponder no período em que esteve à beira do gramado representando o clube. O uruguaio comandou a equipe em apenas cinco jogos, com o retrospecto de uma vitória e quatro derrotas. Ele foi o terceiro treinador demitido pelo clube em 2023. Antes, Paulo Turra treinou o elenco em sete partidas (uma vitória, três empates e três derrotas), mas saiu após o coordenador esportivo Paulo Roberto Falcão, que o defendia no cargo, ser mandado embora depois de ser acusado de assédio sexual.

O treinador que mais vezes treinou o Santos nesta temporada foi Odair Hellmann. Contratado no início do ano, o técnico gaúcho fez 35 jogos e acabou sendo demitido por causa da campanha ruim no Brasileirão e as eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana. Hellmann foi o primeiro treinador santista a ultrapassar a marca de 30 partidas desde Cuca, que comandou o time em 46 oportunidades, em 2020, levando o clube à final da Libertadores naquele ano.

Entre Odair Hellmann e Cuca, nos anos de 2021 e 2022, o Santos contabilizou cinco treinadores, todos eles com pensamentos muito diferentes de futebol. O argentino Ariel Holan e Fernando Diniz, que prezam pela posse de bola em suas características, ficaram 13 e 27 jogos, respectivamente, no comando do time em 2021. Fabio Carille, acostumado a formar equipes mais reativas e que jogam no contra-ataque, permaneceu durante 25 partidas, saindo no ano seguinte.

Em 2022, o argentino Fabián Bustos tentou implementar um futebol menos engessado e aguentou a pressão até a 29ª partida antes de ser substituído por Lisca, que ficou somente oito confrontos e não conseguiu repetir a função de “bombeiro” e apagar a crise do clube na ocasião. Vale ressaltar que a conta não leva em consideração interinos. Marcelo Fernandes, que ocupa momentaneamente a vaga de Aguirre, assumiu o time por três vezes durante o período, e Orlando Ribeiro, por uma.

O treinador que mais vezes treinou o Santos desde 2019 foi Jorge Sampaoli. Naquela temporada, ele foi o único e comandou o time em 63 jogos, terminando o Campeonato Brasileiro na segunda colocação e aplicando uma goleada no por 4 a 0 no campeão Flamengo na última rodada – curiosamente, o argentino hoje vive mau momento no time carioca e pode ser demitido antes mesmo do fim da temporada. Em 2020, pegando carona no sucesso de Jorge Jesus no Flamengo, o Santos anunciou o português Jesualdo Ferreira, mas o gajo foi sacado após 15 jogos e substituído por Cuca.

A título de comparação, o rival do Santos com mais treinadores desde 2019 é o Corinthians, com oito nomes (Luxemburgo, Cuca, Fernando Lázaro, Vitor Pereira, Sylvinho, Mancini, Tiago Nunes e Carille). O São Paulo teve sete (Dorival Júnior, Rogério Ceni, Crespo, Fernando Diniz, Cuca, Vagner Mancini e André Jardine) e o Palmeira somente três (Felipão, Luxemburgo e Abel Ferreira).

Em sua maior crise na década e correndo risco de cair pela primeira vez na história, o Santos abre a zona de rebaixamento do Brasileirão, na 17ª posição, com 21 pontos. Sem vencer há três jogos, o time volta a campo na segunda-feira, dia 18, quando tem confronto direto com o ameaçado Bahia, na Fonte Nova, às 20h, pela 24ª rodada. Mesmo se ganhar, não sai da zona de rebaixamento.