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Seleção masculina estreia na Olimpíada preocupado com as novas regras do handebol

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Rio

Depois de assistir à vitoriosa estreia do time feminino, a seleção brasileira masculina de handebol dá o primeiro passo nos Jogos Olímpicos do Rio neste domingo, às 16h40, contra a Polônia. O time europeu faturou a medalha de bronze no Mundial do Catar, em 2015, e será um difícil obstáculo no caminho dos brasileiros. Além disso, as novas regras – em vigor desde 1.º de julho – devem mudar o rumo da competição.

A principal dificuldade, do ponto de vista dos atletas e técnicos, é em relação ao uso da tática de goleiro-linha. O desafio do treinador espanhol Jordi Ribera é adaptar a defesa de sua equipe ao novo conceito do esporte. E ele não esconde a insatisfação. “Já havíamos configurado um estilo com defesa aberta, que nos trouxe alguns êxitos. Nós estamos trabalhando com esse time há quatro anos e essa regra, que apareceu há menos de um ano, nos obrigou a trocar uma série de situações. Isso prejudica nosso estilo de jogo”, analisou.

As equipes podem atuar com sete jogadores na linha e qualquer um dos atletas – sem uniforme diferenciado – tem liberdade de sair quando quiser para dar lugar ao goleiro. Caso a meta esteja vazia e haja um contra-ataque, por exemplo, não é permitido que um jogador de linha entre na área para fazer a defesa.

Os países com jogadores altos e fortes, caso dos poloneses, costumam adotar defesas mais compactas. Para quem aposta na velocidade – como o Brasil -, o ideal é manter o sistema defensivo mais aberto. “A Polônia é cabeça de chave, um time forte, candidato à medalha. Será difícil, mas com nossa forma de jogar dá para brigar”, avaliou Ribera.

Os brasileiros acreditam que as características dos rivais são mais favoráveis à mudança e passam por um período de reformulação. “Essa regra vai decidir a Olimpíada, muitos times não sabem como realmente vai acontecer. E é negativa para nós, não ajuda pelo nosso porte físico e pela nossa técnica”, explicou o meia Thiagus, que será o capitão da equipe brasileira.

Já o ponta Fábio Chiuffa mostra mais otimismo que o companheiro. “Pelo que a gente vem treinando, pelo que a gente testou em jogos, acho que a gente se adaptou bem e vai ser uma arma a mais que a gente vai poder usar”, afirmou.

Outro aspecto criticado pelo técnico do Brasil foi o momento da adoção do novo regulamento pela Federação Internacional de Handebol (IHF). Jordi Ribera defende que a mudança deveria ocorrer apenas após o término do ciclo olímpico. “Sou contra as mudanças nas regras neste momento, acho que deveriam ter sido feitas após o fim da Olimpíada, é a competição mais importante neste momento para o handebol”, avaliou.

Brasil e Polônia compõem o Grupo B ao lado de Eslovênia, Suécia, Alemanha e Egito. Os quatro melhores entre os seis times de cada chave avançam para a próxima fase.