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Sem autorização, Velódromo do Rio não pode ter público em competição paralímpica

Sem autorização, Velódromo do Rio não pode ter público em competição paralímpica Sem autorização, Velódromo do Rio não pode ter público em competição paralímpica Sem autorização, Velódromo do Rio não pode ter público em competição paralímpica Sem autorização, Velódromo do Rio não pode ter público em competição paralímpica

Rio – Escolhido para ser sede do Mundial Paralímpico de Ciclismo de Pista em março, o Velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, pode receber a competição sem público por falta de autorização do Corpo de Bombeiros. A corporação exige documentos que atestem a segurança da arena em caso de incêndio. No ano passado, o teto dele ficou em chamas duas vezes após a queda de balões no local.

A instalação recebeu normalmente as competições olímpica e paralímpica de ciclismo nos Jogos do Rio, em 2016, sempre com arquibancadas praticamente lotadas. Mas, passado menos de um ano e meio do final da Olimpíada, o prédio não possui mais autorização para receber público por parte do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, à época dos Jogos Olímpicos o Velódromo contava “com todo um aparato das instituições de Segurança Pública pronto para agir em caso de necessidade”. “Hoje, o funcionamento é no ‘Modo Legado’, que significa alteração de layout e de rotina de segurança contra incêndio e pânico.” A pasta garantiu que “não havia problemas de segurança na época dos Jogos”.

Segundo laudo emitido pelos engenheiros do Ministério do Esporte no ano passado, a arena não atende às normas do Corpo de Bombeiros. Desde o início de 2016, o Velódromo funcionava graças à liberação de um Documento de Autorização Temporária de Funcionamento (DATF), que está suspenso.

Procurado pelo Estado, o Comitê Organizador do Mundial de Paraciclismo declarou desconhecer “qualquer impossibilidade da realização da competição”, que será de 12 a 15 de março, e que “não foi em momento algum instado a não realizar o evento”. Segundo o comitê, a legalização da arena é de responsabilidade de seus gestores.

A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), que administra o Velódromo, informou que técnicos da prefeitura já estão elaborando os laudos exigidos pelos bombeiros e que a liberação da estrutura “para receber grandes competições, entre as quais o Mundial Paralímpico de Ciclismo”, deve ocorrer nos próximos dias.