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Sindicato de jogadores se diz 'indignado' com rotina de viagens no Fla

Sindicato de jogadores se diz ‘indignado’ com rotina de viagens no Fla Sindicato de jogadores se diz ‘indignado’ com rotina de viagens no Fla Sindicato de jogadores se diz ‘indignado’ com rotina de viagens no Fla Sindicato de jogadores se diz ‘indignado’ com rotina de viagens no Fla

Rio – O Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Estado do Rio (Saferj) emitiu comunicado oficial nesta segunda-feira para criticar a diretoria do Flamengo e reclamar publicamente da situação dos atletas do clube. Apesar de lembrar que o calendário de jogos tem respeitado o intervalo legal, o sindicato se posiciona contra a maratona à qual o elenco está sendo submetido.

Em março, o Flamengo jogou duas vezes por semana, mas mandou partidas em Juiz de Fora (MG), São Paulo, Brasília (DF) e Volta Redonda (RJ). Na quarta-feira, volta à capital federal para pegar o Vasco e, na sequência, atua em Juiz de Fora, como visitante, diante do Botafogo. Com tantas viagens, o elenco tem treinado menos que o usual.

“O Saferj está indignado com a situação que atletas e comissão técnica do Flamengo estão passando neste início de temporada, consequência de uma opção equivocada e imposta, que como prevíamos, levaria a se jogar e viajar em excesso. Como juridicamente não temos como agir, já que os jogos estão respeitando o intervalo legal, nos resta apenas apontar o problema e se solidarizar com os profissionais que vêm sofrendo com essa decisão que beira a irresponsabilidade de se criar mais uma competição dentro de um calendário já sobrecarregado”, diz a nota do sindicato.

O comunicado critica principalmente a criação da Copa Sul-Minas-Rio, que, para o sindicato, “foi um ato político e de retaliação por questões pessoais” e que não se trata “de um novo produto que poderia vir acrescentar ao futebol”. “Somente pessoas que nunca chutaram uma bola e, portanto, sem a mínima noção de quanto é difícil jogar futebol profissional de alto rendimento a cada três dias, e com a sobreposição de viagens, se dão o direito de tal decisão”, aponta a Saferj.

O sindicato pergunta, de forma retórica: “O que adianta contratar os melhores jogadores, o melhor técnico, o melhor fisiologista, o melhor preparador físico, se administrativamente fica determinado que seus profissionais podem ser levados ao extremo? Como aceitar que deixem jogar e viajar ao longo de apenas dois meses, o que se viaja no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, que tem duração de quatro meses?”

O texto se encerra duro: “Alemanha sete, Brasil um…. depois não sabem o porquê de estarmos tão atrasados e derrotados quando olhamos para o cenário mundial. O problema não está e nunca esteve dentro de campo e na qualidade dos profissionais brasileiros; está sim, logo ali: fora de campo”.