A Laje da Avalanche, em Vila Velha, voltou a ser palco de um espetáculo de coragem e adrenalina, no início da semana. O pico, localizado a cerca de 3km da Praia da Costa, “acordou” com ondas de até cinco metros, atraindo surfistas e bodyboarders.
Entre eles, a jovem Aninha D’Agostini, 13 anos, que se tornou a mais jovem a encarar as “bombas” da Avalanche. Puxada nas ondas pelo seu pai, o também surfista Benito D’Agostini, ela desceu nas ondas do pico que atrai atletas de todo o País.
“Surfar essa onda foi uma mistura de desafio e superação. A onda exige respeito, mas também me anima a dar o meu melhor. Fiquei feliz e animada para as próximas”, contou Aninha, vice-campeã brasileira sub-12 no ano passado e um dos destaques da nova geração do surfe capixaba.
Veja o vídeo:
Ondas de até cinco metros em Vila Velha
Por suas características submarinas e uma profundidade que cai de mais de 1.000 metros ao redor para cerca de quatro metros na laje, a Avalanche gera uma mudança brusca no relevo submerso, permitindo ondas fortes, pesadas e perfeitas.
O oceanógrafo Douglas Nemes, especialista em medição de ondas, revelou que as ondas registradas nesta semana ultrapassaram os cinco metros, reforçando o nível extremo dessa ondulação.
A expedição realizada faz parte do projeto Diamantes Capixabas, que tem como objetivo principal a realização de expedições para surfe de ondas grandes e participação em campeonatos da modalidade.
O coletivo NXF Slab faz parte do projeto Diamantes Capixabas e, nessa expedição, estavam os bodyboarders André Majevski, Breno Kuster, Carlos Bellumat e Bernardo Nassar, além dos surfistas Luiz Hadad e Fábio Sandes.
Também marcaram presença Hugo Caiado, Felipe Lacerda, Lucas Medeiros, Benito e Aninha D’Agostini, Rodrigo Cardoso, Luiz Eduardo Jr., Thiago Berger, Elcary Camatta e Victor Simões.
“É a realização de um sonho, onde você consegue pegar a onda da sua vida no quintal da sua casa. E esse é o sonho de qualquer surfista”, destaca André Majevski, que pegou uma das ondas mais impressionantes do “swell”.
Na visão de Lucas Medeiros, surfista profissional capixaba que atualmente mora no Rio, o Espírito Santo está definitivamente no mapa do surfe de ondas grandes.
“Avalanche é uma onda que movimenta o Brasil e o mundo, pois requer muito know-how pra surfar esse tipo de onda”.