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Técnico minimiza peso de possível derrota na estreia do handebol feminino

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Rio

Perder logo na estreia, sábado, contra a campeã olímpica Noruega seria péssimo no aspecto psicológico para as jogadoras do handebol feminino, ainda ressentidas da eliminação em Londres-2012 justamente para o primeiro adversário nos Jogos do Rio. Mas a hipótese é considerada pelo treinador, o dinamarquês Morten Souback.

Em entrevista após o treino de reconhecimento da Arena do Futuro, no Parque Olímpico, o técnico disse que o importante é chegar entre os quatro semifinalistas, para então decidir quem estará na final e a medalha de ouro. Mesmo que haja derrotas no meio do caminho.

“Temos que realmente pensar ser possível perder. Mas vamos fazer tudo para tentar ganhar da Noruega na estreia. E se acontecer de perder o jogo… Teremos que levantar logo para o próximo jogo. O que importa é estar entre os primeiros quatro. Este tem que ser o foco, independendo de perder o primeiro (jogo)”, disse Souback, que comandou um treino em que as atletas corriam pela quadra com vendas nos olhos.

Segundo ele, este tipo de trabalho não tem motivação técnica e tática. Basicamente, é um trabalho de mentalização, planejado pela equipe de psicólogas que apoia a comissão técnica do handebol feminino.

Embora citada pelo técnico, a derrota não é cogitada pelas jogadores. Samira Rocha, de 27 anos, ainda está com Londres, sua estreia olímpica, na memória. Radicada no handebol húngaro, contou estar ansiosa com a proximidade da estreia e que se prepara com uma espécie de mantr. “Cada jogo é um jogo”.

Para a goleira Mayssa, de 31 anos, o “primeiro jogo vai ser bem difícil, porque a gente sabe como elas jogam e elas sabem como a gente joga”. Em sua segunda Olimpíada, ela é mais direta que Samira. “Tem que ter um troco agora”, afirmou.

Destaque da seleção, a armadora Duda Amorim, que vai para a terceira Olimpíada, declarou considerar que, em relação a Londres, o seleção brasileira está “um pouquinho melhor”, pois desta vez “a gente treinou bem mais”.

“(Evolução) Mental mesmo. A gente é mais madura dentro de quadra. Já sabemos mais ou menos o que esperar desta Olimpíada. Acredito que a torcida mais ajuda do que pressiona. É muito energia, Tem que usar isso a nosso favor”, afirmou ela, que, aos 29 anos, disputará sua terceira Olimpíada.

A seleção brasileira vem em ascensão desde Londres, quando ficou na sexta colocação. Em 2013, conquistou pela primeira vez o título do Mundial, derrotando a Sérvia na final. Diante da torcida, a expectativa no grupo é que possa ir bem além disso nos Jogos do Rio.