
O Fluminense já fez história no Mundial de Clubes. A equipe tricolor chegou aos Estados Unidos como o clube brasileiro de menor investimento e sobre o qual menos esperanças eram depositadas.
Desacreditado, o “patinho feio”, assim apelidado pelo próprio treinador, soube se superar e encontrar alternativas, principalmente pelas estratégias de Renato Gaúcho.
Nesta sexta-feira (4), o Fluminense venceu o Al-Hilal por 2 a 1, pelas quartas de final, no Camping World, em Orlando. Com gols de Martinelli e Hércules, avançou para a semifinal. O advesário sai do jogo Palmeiras x Chelsea, às 22 horas desta sexta.
Como foi o jogo
Antes de a bola rolar para as quartas de final, foi realizada uma homenagem aos jogadores portugueses Diogo Jota e André Silva, irmãos que morreram em um acidente de carro na quinta-feira na Espanha. Compatriotas, João Cancelo e Rúben Neves se emocionaram com a exibição de fotos dos companheiros no telão do estádio.
Quando a partida começou, o equilíbrio entre os dois times predominou. A posse de bola foi repartida em um jogo muito estudado e com poucas chances de gol no primeiro tempo.
O Fluminense conseguiu mostrar ímpeto ofensivo e coesão defensiva para não permitir que os sauditas tivessem liberdade semelhante à da vitória sobre o Manchester City.
Na reta final da etapa inaugural, o Fluminense viu brechas na defesa do Al-Hilal. Em jogadas tramada pelo lado esquerdo após erro dos sauditas, Fuentes tocou em direção à área, Martinelli se antecipou, ajeitou a bola e chutou para fazer um golaço e colocar a equipe tricolor em vantagem, aos 40 minutos.
No acréscimo, o Al-Hilal ensaiou uma pressão. Fábio fez uma defesa muito difícil. Na jogada seguinte, em cruzamento para a grande área tricolor, Samuel Xavier tocou levemente no pé de Marcos Leonardo. O atacante do Al-Hilal caiu, e o árbitro anotou o pênalti. O VAR, porém, recomendou a revisão. Ao consultar o monitor, o juiz holandês cancelou a marcação da penalidade máxima.
No retorno do intervalo, Marcos Leonardo voltou a ser protagonista. Após a cobrança de escanteio, aos 6 minutos, Koulibaly apareceu livre para cabecear e entregou nos pés do atacante ex-Santos. O brasileiro girou e bateu para estufar a rede tricolor e empatar o duelo.
Mais presente no campo de ataque, o Al-Hilal concedeu ao time de Renato Gaúcho contragolpes. O Fluminense, então, tentou responder com Cano. O argentino ficou livre, frente a frente com Bounou, tentou driblar, mas foi desarmado e desperdiçou uma chance preciosa.
Quando o Al-Hilal parecia mais perto do gol, o Fluminense armou alguns minutos de pressão. Os sauditas erraram a saída de bola, Hércules finalizou, a zaga tirou mal, Samuel Xavier escorou de cabeça em direção à área, Hércules apareceu para fuzilar e recolocar o time das Laranjeiras em vantagem, aos 25 minutos.
Os minutos finais foram de muita tensão, principalmente após Thiago Santos entrar na vaga de Bernal. Atabalhoado, ele agarrou Koulibaly na grande área e quase cometeu o pênalti. O lance chegou a ser revisto pelo VAR, mas o árbitro mandou o jogo continuar. O Fluminense, então, se segurou, contou com a experiência de Fábio e não permitiu a reação saudita.
FLUMINENSE 2 x 1 AL-HILAL
- FLUMINENSE: Fábio; Ignácio, Thiago Silva e Freytes; Samuel Xavier (Guga), Martinelli (Hércules), Bernal (Thiago Santos), Nonato (Lima) e Fuentes; Arias e Cano (Everaldo). Técnico: Renato Gaúcho.
- AL-HILAL: Bounou; Koulibaly, Rúben Neves e Renan Lodi; João Cancelo (Al-Yami), Milinkovic-Savic, Kanno (Hamdallah), Nasser Al-Dawsari (Kaio César) e Al-Harbi (Al-Bulayhi); Marcos Leonardo e Malcom (Al-Juwayr). Técnico: Simone Inzaghi.
- GOLS: Martinelli, aos 40 minutos do 1º tempo; Marcos Leonardo, aos 6, Hércules aos 25 minutos do 2º tempo.
- ÁRBITRO: Danny Makkelie (Holanda).
- CARTÕES AMARELOS: Freytes, Thiago Silva, Martinelli, Koulibaly, Rúben Neves, Renan Lodi, Milinkovic-Savic e Simone Inzaghi.
- PÚBLICO: 43.091.
- LOCAL: Camping World, em Orlando