Paralímpicos

Triatleta do Álvares é convocada para o Mundial de Paratriatlo na Austrália

Erica Rodrigues, do Álvares Cabral, trocou a natação pelo paratriatlo e vai competir pela primeira vez em um Campeonato Mundial

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Erica Rodrigues. Paratriatlo. Triatlo Paralímpico.
Erica Rodrigues é da seleção brasileira de paratriatlo e vai para o Mundial em 2025 (Foto: CBTri/Divulgação)

Ex-nadadora, Erica Rodrigues buscava novos desafios quando trocou Curitiba (PR), sua cidade natal, por Vitória há cinco anos, durante a pandemia. Foi no Espírito Santo que ela deu os seus primeiros passos no paratriatlo, modalidade na qual chegou à seleção brasileira e viaja na próxima terça-feira (7) para o Campeonato Mundial que será realizado na Austrália.

A competição acontece na cidade de Wollongong, na Austrália, entre os dias 17 e 20 de outubro.

Será o primeiro Campeonato Mundial de Erica Rodrigues, que agora tem mais do que certeza de que acertou em cheio ao mudar da modalidade esportiva.

“Subir na pódio vai ser bem difícil, mas não impossível. Eu quero o ouro, mas a americana é muito forte. Mas estou treinando muito, então, vou fazer de tudo pra subir no pódio”, cravou Erica, 31 anos.

Mudança de estado e de modalidade

A curitibana Erica Rodrigues era nadadora paralímpica. Em 2023, mudou para o Espírito Santo para treinar no Álvares Cabral com o técnico Leonardo Miglinas.

“Eu era da natação, mas ficava fora das convocações. Aí, em dois anos no triatlo, consegui a minha convocação para a seleção brasileira e tô indo viajar para a Austrália! Tô bem empolgada”, conta Erica, que compete na classe PTS5 (para atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral).

Erica Rodrigues. Paratriatlo. Triatlo Paralímpico.
(Foto: CBTri/Divulgação)

Apesar de pouco tempo na nova modalidade, o triatlo é uma paixão antigada da paratleta.

“Eu queria sair da minha zona de conforto e eu sempre fui doida pra fazer triatlo. Pra você ter uma noção, eu ia pedalando da minha casa até onde eu treinava lá em Curitiba e lá eu pedia pra correr, nadava, malhava. Então, eu fazia um triatlo todo dia. E era apaixonada. Aí, em 2023, eu fiz a minha prova pra ver no que ia dar e foi bem difícil, pois eu não tava preparada pra isso. Usei minha bike de passeio. Mas eu amei! E depois disso eu comecei a treinar muito e a ter resultados bem legais aqui no Estado competindo com meninas e pegando pódio no geral, não no PCD. Isso foi muito legal”, conta Erica.

Temporada de conquistas internacionais

Em julho deste ano, a cabralista ficou com a medalha de prata na etapa de Montreal da World Triathlon Para Series 2025, realizada no Parc Jean-Drapeau, no Canadá. Antes, ela já havia conquistado o bronze em Magog, em Quebéc, também no Canadá.

“É o meu primeiro Campeonato Mundial e a minha primeira competição pela seleção brasileira”

Erica Rodrigues, da seleção brasileira de paratriatlo
World Triathlon Para Series 2025 / Montreal, Canadá
Erica Rodrigues foi medalhista de prata na etapa de Montreal (Foto: Reprodução/Instagram @ericarodriguesbr)

Chegar à seleção brasileira é realização profissional e também pessoal.

“Antes, eu precisava pagar todas os custos das competições pra eu conseguir pontuar no ranking e entrar pra seleção brasileira. Agora, é outra história! Tô conseguindo treinar mais tranquila, pois antes eu precisava ficar correndo atrás de patrocínio e de grana pra competir. É um sonho realizado”, conta a paratleta.

Pâmella Oliveira vai ao Mundial como atleta-guia

Uma das maiores triatletas brasileiras de todos os tempos, a capixaba Pâmella Oliveira também vai ao Mundial de Paratriatlo da Austrália. Porém, como atleta-guia.

Tetracampeã do Ironman Brasil e duas vezes atleta olímpica (Londres-2012 e Rio-2016), Pâmella viaja para acompanhar a mineira Letícia Freitas Maia.

Flávio Dias
Flávio Dias

Editor de Esportes

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024

Jornalista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com 24 anos de experiência na editoria de Esportes e em grandes coberturas como os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Membro da banca de júri do Prêmio Melhores do Esporte 2024