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Tribunal espanhol exige que provas de doping no ciclismo fiquem com autoridades

Tribunal espanhol exige que provas de doping no ciclismo fiquem com autoridades Tribunal espanhol exige que provas de doping no ciclismo fiquem com autoridades Tribunal espanhol exige que provas de doping no ciclismo fiquem com autoridades Tribunal espanhol exige que provas de doping no ciclismo fiquem com autoridades

Madri – Um tribunal espanhol decidiu nesta terça-feira que centenas de bolsas de sangue que foram uma peça-chave em um dos maiores escândalos de doping da história do país que devem ser entregues às autoridades para serem investigadas.

As bolsas, que contêm amostras de sangue e plasma, devem ser entregues à Federação de Ciclismo Espanhola, à Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e ao Comitê Olímpico Italiano, explicou o Tribunal Provincial de Madri.

A decisão desta terça-feira vem dez anos depois da Operação Puerto revelar um escândalo de doping, que incluiu alguns dos melhores ciclistas do mundo, quando a polícia apreendeu bolsas de sangue congeladas na clínica que tinha em Madri o médico esportivo Eufemiano Fuentes.

O tribunal apoiou assim o recurso dos advogados da acusação contra um veredicto de

2013, que ordenava a destruição das bolsas por motivos de privacidade. “O objetivo prosseguido é a luta contra o doping, o que prejudica o valor ético essencial do esporte”, disse o tribunal em um comunicado.

A decisão de 2013 de destruir provas despertou a indignação da comunidade esportiva. A agência antidoping espanhola e a União Ciclística Internacional e a Wada estavam entre as instituições que recorreram.

Ainda não ficou claro como se aplicaria o estatuto de limitações da Wada. Em 2006, quando eclodiu o escândalo, a agência estabeleceu uma prescrição de oito anos para amostras, e o período foi recentemente estendido para dez anos.

Mais de 50 ciclistas foram inicialmente ligados ao caso. Entre os que foram punidos estavam Jan Ullrich, ex-vencedor da Volta da França, o ganhador da Volta da Espanha de 2009 Alejandro Valverde e Ivan Basso, que mais tarde confirmou que seu sangue estava entre as amostras congeladas.

Durante o julgamento, em 2013, Fuentes declarou que também tinha trabalhado com atletas de outros esportes, mas o juiz disse que esse processo não tinha que nomear qualquer um que não estivesse envolvido no caso sobre o ciclismo.

Há muitas especulações sobre a possibilidade de entrega das bolsas, que foram mantidas em um laboratório em Barcelona, causar outro escândalo com a relação da identidade de novos atletas.