São Paulo – O susto diante do Brusque ainda está vivo na memória dos corintianos. Por pouco, o time não caiu precocemente na Copa do Brasil e a dificuldade encarada diante dos catarinenses servirá como aprendizado para evitar zebra na noite desta quinta-feira, contra o Luverdense, às 21h30, na Arena Pantanal.
O Luverdense é uma equipe novata – fundada em 2004 – que já está na Série B do Brasileiro e aparece, ao lado do Goiás e Vila Nova, como a maior força do futebol do Centro-Oeste. Em oito partidas na temporada, o time de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, ganhou seis vezes e empatou duas.
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O clube tem uma folha salarial bem modesta, cerca de R$ 250 mil, número 40 vezes menor do que o valor que o Corinthians paga aos seus atletas – R$ 10 milhões. Apesar da discrepância financeira, os jogadores da equipe alvinegra estão longe de dar como favas contadas.
“Aquele jogo com o Brusque mostrou que precisamos estar concentrados sempre. Vínhamos de duas boas vitórias, sobre Palmeiras e Mirassol, e acabamos entrando um pouco desconcentrados, achando que iríamos resolver a situação a qualquer momento. Serviu para vermos que precisamos respeitar todos os adversários e ter concentração o tempo todo”, disse o atacante Jô.
O Corinthians tem tido um desempenho melhor quando enfrenta grandes equipes. Foi assim nas vitórias contra o Santos e Palmeiras. Já contra os menores, o sofrimento é grande. Um motivo que explica a dificuldade no momento em que deveria ter a vida facilitada, é a falta de criatividade do ataque. Contra um adversário mais fechado, isso fica evidente, e nesta quinta-feira será mais um teste para saber o quanto houve evolução.
Para tentar amenizar a dificuldade, o técnico Fábio Carille decidiu manter a mesma formação que derrotou o Santos. Rodriguinho, Jadson e Jô seguem como titulares. O treinador parece ter achado “seu time ideal” e só deverá promover mudanças caso algum jogador caia de rendimento ou por necessidades corriqueiras como suspensão ou lesão.
O Luverdense também não pode reclamar de problemas físicos. O técnico Odil Soares, que tem apenas 39 anos, vai escalar o que tem de melhor e espera dar trabalho ao Corinthians como a equipe fez em 2013, quando os dois clubes se enfrentaram também pela Copa do Brasil.
No primeiro jogo, vitória do time mato-grossense por 1 a 0, com direito a carreata em Lucas do Rio Verde após a partida. No jogo de volta, porém, derrota por 2 a 0 e fim do sonho. Naquele mesmo ano, o clube subiu para a Série B do Brasileiro. Com um elenco jovem, o atleta mais conhecido do futebol paulista é o meia-atacante Marcos Aurélio, ex-Santos.
