Esportes

Vaias no pódio são inaceitáveis, diz COI após choro de saltador francês

Os locutores do Engenhão, em nome do COI e da Associação Internacional das Federações de Atletismo, pediram que os torcedores respeitassem os estrangeiros

Vaias no pódio são inaceitáveis, diz COI após choro de saltador francês Vaias no pódio são inaceitáveis, diz COI após choro de saltador francês Vaias no pódio são inaceitáveis, diz COI após choro de saltador francês Vaias no pódio são inaceitáveis, diz COI após choro de saltador francês
“Comportamento chocante do público nas vaias a Renaud Lavillenie no pódio. Inaceitável nos Jogos Olímpicos””, disse o alemão Thomas Bach, presidente do COI Foto: ​Divulgação

Rio – O Comitê Olímpico Internacional (COI) classificou como “inaceitáveis” as vaias dirigidas ao francês Renaud Lavillenie na cerimônia de premiação do salto com vara do Rio-2016 na noite desta terça-feira no Engenhão. Thiago Braz, brasileiro campeão olímpico da modalidade, defendeu o rival, que chorou durante a cerimônia. “Comportamento chocante do público nas vaias a Renaud Lavillenie no pódio. Inaceitável nos Jogos Olímpicos””, disse o alemão Thomas Bach, presidente do COI.

Após a cerimônia, os locutores do Engenhão, em nome do COI e da Associação Internacional das Federações de Atletismo, pediram que os torcedores respeitassem os estrangeiros. O COI divulgou uma foto em que Thiago Braz consola o francês depois da entrega das medalhas. Ao lado dos dois, está o ucraniano Sergei Bubka, seis vezes campeão do mundo no salto com vara e que bateu 35 vezes o recorde mundial.

“Conversei com ele um pouco depois do pódio. Pedi para que as pessoas o aplaudissem porque, querendo ou não, ele é um espelho para mim. Se ele não tivesse feito 5,98m, eu não teria passado para 6,03m. Foi um empurrando o outro”, disse Thiago Braz.

A vaia no momento da medalha foi mais um momento da relação conturbada da torcida com o ídolo francês. Logo após a prova, na noite de segunda-feira, o francês comparou o comportamento da torcida ao que “fizeram com Jesse Owens em 1936”, se referindo os Jogos daquele ano, realizados em Berlim, quando a Alemanha estava sob o regime nazista. Na entrevista coletiva, Lavillenie recuou e considerou a afirmação um equívoco. Mas manteve a crítica à torcida.