Esportes

Vítima de bala perdida, adolescente de 13 anos sonha com Paralimpíadas

Thayná de Castro sobreviveu a uma bala perdida com apenas um ano de vida, se tornou paratleta e faz vaquinha para comprar uma cadeira de treino

Leitura: 5 Minutos
Paratleta Thayná de Castro vítima de bala perdida faz vaquinha
Thayná de Castro sobreviveu a bala perdida e virou paratleta. Foto: Reprodução/TV Vitória

A paratleta capixaba Thayná de Castro, de 13 anos, tem o sonho de representar o Brasil nas Paralimpíadas. Com apenas um ano de idade, ela foi vítima de bala perdida e perdeu o movimento das pernas.

A menina sobreviveu, se tornou corredora de cadeira de rodas e, agora, está arrecadando dinheiro para comprar uma cadeira nova para competir.

As vitórias começaram muito cedo na vida de Thayná. Ela quase perdeu a vida com apenas um ano de idade.

Os médicos disseram que a chance de sobrevivência era de apenas 1%. Porém, a menina resistiu e teve que se adaptar para crescer sem poder andar.

Atualmente, 11 anos depois de receber alta, Thayná é paratleta e já coleciona medalhas em apenas dois anos de prática do esporte. O sonho da adolescente é seguir competindo e disputar os próximos Jogos Paralímpicos pelo Brasil.

Para isso, ela precisa de uma cadeira de treino em que ela caiba, que custa cerca de R$ 55 mil.

A família de Thayná tem se esforçado em angariar os fundos necessários e também criou uma “vaquinha” para ajudar na arrecadação.

Eu vendo rifa, vendo maquiagem, tenho a vaquinha e faço posts com o Pix para conseguir. De pouquinho em pouquinho, vai conseguir, destaca a paratleta.

Vítima de bala perdida e 1% de chance de sobreviver

Quando Thayná tinha um ano e quatro meses de vida, foi vítima de uma bala perdida no bairro Cobilândia, em Vila Velha. A bebê estava no colo da mãe quando começou um tiroteio e um dos disparos a atingiu no peito.

A bala acertou o pulmão e quebrou a medula da menina. Ao chegar no hospital, os médicos disseram que ela só tinha 1% de chance de sobrevivência.

Paratleta Thayná de Castro vítima de bala perdida faz vaquinha
Thayná ficou quase um ano internada após bala perdida. Foto: Reprodução/TV Vitória

Thayná ficou quase um ano no hospital. Aos dois anos, ela recebeu alta e os médicos disseram à família que ela não poderia andar. Pelo fato de o tiro ter atingido o pulmão, ela ainda precisou ser internada diversas vezes.

“Se eu falar para você que é fácil, não é fácil. Você ter uma criança paraplégica é ser mãe atípica. Ela é uma menina bem esforçada, que me ajuda muito e que me ensina todos os dias a ser mãe. Eu tento ser essa mãezona para ela”, avalia a mãe de Thayná, Jeane de Castro.

Thayná se tornou paratleta

Após o drama, Thayná conseguiu dar a volta por cima e atualmente compete em corridas de cadeiras de rodas.

A história dela no esporte começou há dois anos, em uma apresentação de balé, e não demorou para que ela já conquistasse medalhas.

“Eu fazia balé antes. Fui fazer uma apresentação no dia 7 de setembro, quando o meu atual professor, que não conhecia, me viu. Ele me procurou em todas as escolas até que me achou, conta Thayná.

Paratleta Thayná de Castro vítima de bala perdida faz vaquinha
Thayná em apresentação de balé. Foto: Reprodução/TV Vitória

Jeane conta que achou que a filha não iria querer praticar o esporte quando recebeu o convite. Mas quando a menina fez o teste, a mãe viu o brilho nos olhos dela e pensou: “Essa menina vai ser uma atleta de futuro”.

A paratleta já coleciona medalhas em dois anos de prática do esporte. O objetivo é continuar representando o Espírito Santo na modalidade e sonha em representar o Brasil nas Paralímpiadas de 2028, em Los Angeles.

Veja o vídeo:

Arrecadação para comprar cadeira nova

Thayná explica que a cadeira que usa para treinar atualmente não é feita sob medida para ela. Ela precisa de uma cadeira que seja adaptada para as medidas dela, para caber de forma correta no equipamento. Para isso, é preciso arrecadar R$ 55 mil.

“Minha mãe hoje em dia não tem condições, mas estamos lutando para conseguir”, afirma a menina.

Para ajudar Thayná a comprar a cadeira, basta clicar no link da vaquinha e fazer a sua doação ou através do Pix 168.176.537-38.

*Com informações da repórter Thainara Ferreira, da TV Vitória/Record

Redação Folha Vitória

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Redação Folha Vitória é a assinatura coletiva que representa a equipe de jornalistas, editores e profissionais responsáveis pela produção diária de conteúdo do Folha Vitória. Comprometida com a excelência jornalística, a equipe atua de forma integrada para garantir informações precisas, atualizadas e relevantes, sempre alinhada à missão de informar com ética, democratizar o acesso à informação e fortalecer o diálogo com a comunidade capixaba. O trabalho do grupo reflete o padrão de qualidade da Rede Vitória de Comunicação, consolidando o veículo como referência em jornalismo digital no Espírito Santo.

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