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Wada cobra explicações da Rússia sobre inconsistência de dados sobre doping

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O escândalo de doping no esporte da Rússia parece não ter fim. A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) está mais uma vez na cola da Rusada, a Agência Antidoping da Rússia, por uma suspeita de que o órgão estatal russo tenha manipulado os dados do laboratório de Moscou antes de entregá-los em janeiro deste ano.

Para tentar solucionar esta questão, a Wada deu um prazo de três semanas para a Rússia apresentar as suas explicações. Caso seja comprovada a fraude, o país pode ser suspenso novamente e, na pior das hipóteses, ficar sem representantes oficiais, sob a bandeira russa, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, entre julho e agosto de 2020, no Japão.

Há, inclusive, o risco de que atletas russos sejam impedidos de disputar o Mundial de Atletismo, que começa nesta sexta-feira, em Doha, no Catar. Ao menos 29 atletas do país foram inscritos como neutros na competição.

“A Wada deu à Rusada um prazo de três semanas para dar explicações sobre supostas manipulações ocorridas na base dos dados do laboratório de Moscou. Esta resposta será dada”, informou nesta segunda-feira Alexei Ivlev, chefe do Comitê Observador da Rusada.

Margarita Pakhnotskaya, diretora-geral do órgão russo, negou a informação de que a Wada suspeite da Rússia e afirma que “ela (a Wada) não tirou conclusões após a verificação do banco de dados”. Por outro lado, Michael Ask, chefe do Instituto Nacional das Organizações de Antidoping (iNADO, na sigla em inglês), alegou que o órgão mundial o havia informado sobre a abertura de um processo contra a Rússia.

“Fui informado pela Wada sobre o caso na sexta-feira passada”, afirmou. “Disseram-me que um processo formal seria instaurado, o que significa que o país teria três semanas para responder as perguntas sobre as imprecisões nos dados coletados em janeiro”, esclareceu Ask, que defende novas sanções ao esporte russo.

A Wada teve acesso ao banco de dados do laboratório russo em janeiro. Em abril, os técnicos da entidade recuperaram mais de 2.200 amostras coletadas de atletas russos entre 2012 e 2015. Os resultados da verificação estão sendo usados para cumprir sanções retroativas em casos positivos. O acesso aos dados era uma das principais condições para a reintegração da Rusada.