Mais de 35 mil corredores se reuniram em 34 cidades de 32 países, nos cinco continentes, em 13 fusos horários diferentes por uma nobre causa neste domingo, 4 de maio: participar de uma corrida para levantar fundos para a pesquisa em busca da cura da lesão da medula espinhal.
Na primeira corrida global da história, o título entre os homens ficou para o etíope Lemawork Ketama, que correu em Donautal, na Áustria, e o feminino para a norueguesa Elise Molvik, que correu em Stavanger, em seu país natal. No Brasil, a Ilha da Magia foi escolhida para sediar a prova. Em Florianópolis (SC), o vencedor foi o paulista César Miguel dos Santos, enquanto a goiana Ana Lídia Borba levou o primeiro lugar entre as mulheres.
Para realizar a primeira edição da Wings for Life World Run, todos os competidores tiveram que enfrentar o mesmo vilão: o carro perseguidor. Ao invés de uma linha de chegada fixa, todos os atletas tinham que “fugir” do veículo e, o último a ser alcançado, ficaria com o título.
Apenas três homens em todo o mundo conseguiram ultrapassar a barreira dos 78 quilômetros: o peruano Remigio Huaman, que competiu em Lima; o etíope Lemawork Ketama e o ucraniano Evgeny Glyva, que correram na Áustria. Depois de mais de quatro horas de prova, apenas 90 metros separaram o etíope, que superou o peruano, ficando com o título e, como prêmio, ganhou o direito de dar a volta ao mundo.
Entre as mulheres, a campeã foi a norueguesa Elisa Molvik, que correu 54,79 km. Em segundo lugar, ficou a francesa Nathalie Vasseur, que competiu em Hennebont, em seu país natal; e em terceiro ficou Svetlana Shepuleva, da Moldávia, que correu em Alanya, na Turquia.
Prova no Brasil


Na categoria cadeirantes masculino, o santista Jaciel Paulino, tetracampeão da São Silvestre, ficou com o título. Ao contrário da prova tradicional, os atletas desta categoria tinham que alcançar o carro perseguidor. Jaciel precisou de apenas 3.870 metros para ficar em primeiro. Entre as mulheres, a vencedora foi Danielle Nobile.
Mas o mais importante desta data de 4 de maio de 2014, sem sombra de dúvida, não foi quem terminou com o título. Foi o fato de 35.396 terem se unido por uma causa e, juntos, terem levantado quase R$ 10 milhões para a pesquisa da cura contra a lesão medular. Como disse o vencedor da categoria cadeirante Jaciel Paulino, “Essa não é uma luta pela vitória. É uma luta por algo maior e que não tem fronteira, não tem religião e não tem idade”.
