Esportes

Zagueiro Lovren lamenta idade avançada de destaques da Croácia ao projetar futuro

Zagueiro Lovren lamenta idade avançada de destaques da Croácia ao projetar futuro Zagueiro Lovren lamenta idade avançada de destaques da Croácia ao projetar futuro Zagueiro Lovren lamenta idade avançada de destaques da Croácia ao projetar futuro Zagueiro Lovren lamenta idade avançada de destaques da Croácia ao projetar futuro

O apito final do árbitro argentino Néstor Pitana, na final da Copa do Mundo da Rússia em que a França sagrou-se bicampeã após vencer a Croácia por 4 a 2, neste domingo, em Moscou, pode ter colocado fim à segunda boa geração de jogadores croatas que surgiu nas duas últimas décadas.

Dirigentes da Croácia sabem que participar de uma final de Mundial é algo que não deve se repetir tão cedo. E os principais atletas da seleção já estão com idade avançada. Manter o nível de atuação daqui a quatro anos, na Copa do Catar, é praticamente impossível, o que coloca o futuro do futebol croata em xeque.

“Eu gostaria que estivéssemos agora com 24 anos, todos nós, e Luka (Modric) especialmente”, disse o zagueiro Dejan Lovren, logo após a derrota para os franceses, ao projetar o futuro do futebol do seu país. “Há um momento em que algo precisa terminar”, lamentou o defensor do Liverpool, de 29 anos, que em maio passado também ficou com o vice-campeonato da Liga dos Campeões da Europa ao cair junto com o seu time diante do Real Madrid, por 3 a 1, em Kiev, na Ucrânia, na decisão continental.

Em 2022, ele terá 33 anos. O meia Modric, motor e capitão da equipe, estará com 36. O goleiro Danijel Subasic, 38. O volante Ivan Rakitic, 34. E o atacante Mario Mandzukic, 36. São as principais peças de uma seleção que fez história ao alcançar o vice-campeonato mundial, a melhor colocação da Croácia na história das Copas. Este time conseguiu superar o feito anterior da geração de 1998, que perdeu por 2 a 1 a semifinal para a anfitriã França e viria a conquistar o terceiro lugar em vitória sobre a Holanda, também por 2 a 1, no Mundial daquele ano.

Talvez a atual idade dos croatas tenha interferido no desempenho do jogo decisivo deste domingo contra os franceses. A equipe vinha de três prorrogações seguidas, nas oitavas de final, nas quartas e na semifinal. Jogaram 90 minutos a mais do que o adversário e tiveram um dia a menos de descanso para a grande decisão.

Mas, segundo Lovren, isso não influenciou, pois a Croácia jogou melhor do que a França. “No geral, fomos melhores. Eles fizeram o contrário. Eles não jogaram futebol. Eles esperaram por suas chances e marcaram (os gols). Eles tinham sua própria tática e você precisa respeitar isso. Eles jogaram o torneio assim em todos os jogos”, analisou o zagueiro.

“Quando você quer ser o melhor, então você precisa vencer, simples assim. Não é fácil para aceitar isso. É algo que vou carregar para a minha vida”, concluiu Lovren, resignado com o baixo aproveitamento ofensivo da seleção croata nesta final.