Ao contrário do que diz Lula, mercado financeiro ajuda os mais pobres Ao contrário do que diz Lula, mercado financeiro ajuda os mais pobres Ao contrário do que diz Lula, mercado financeiro ajuda os mais pobres Ao contrário do que diz Lula, mercado financeiro ajuda os mais pobres

Ao contrário da narrativa de muitos dos aliados do governo eleito e de Lula (PT), o mercado financeiro importa muito para o crescimento econômico, geração de empregos e para o próprio governo ter dinheiro para cuidar das pessoas por meio de programas sociais. Me siga nas redes sociais: Instagram  Twitter  YouTube

A importância do mercado financeiro e da responsabilidade fiscal para a responsabilidade social

A função do mercado financeiro é conectar poupadores e tomadores, otimizando a alocação de recursos e o fluxo de capitais. Ele permite que indivíduos diversos possam proteger seu dinheiro da inflação e buscar rentabilização ao investir em grandes projetos de economia real. Nesse sentido, a Bolsa permite empresas e governos a captar recursos de forma célere, transparente e acessível. Não à toa, o desempenho do mercado de capitais de um país influencia diretamente na geração de empregos, inovações e no desenvolvimento econômico e social de uma região. Até outubro de 2022, por exemplo, as emissões por empresas acumularam R$ 444 bilhões, conforme o gráfico ao lado. São empresas captando recursos para se expandirem, buscar escala, produzindo serviços e produtos melhores, gerando empregos em novos projetos. Sem o mercado financeiro, empresas e governos teriam menos formas de financiar seu crescimento e programas sociais, e os poupadores ficariam restritos em ativos com menor rentabilidade. Parafraseando uma ex-presidente, “iria todo mundo perder”. Afinal, há muitas evidências de que nos países com mercados de capitais menos desenvolvidos, as empresas são, na média, menores e menos competitivas. Dizer que “o pobre não come bolsa”, além de errado, é uma grande bobagem, e o próprio presidente eleito sabe disso. Em 2008, por exemplo, Lula comemorou quando o Brasil ganhou grau de investimento pelas agências de avaliação de risco, pois isso significaria atrair muito mais dinheiro para cá. Nas palavras dele próprio, o país vivia um “momento mágico”: “O Brasil foi declarado um país sério, que têm políticas sérias, que cuida das suas finanças com seriedade e que, por isso, passou a ser merecedor de uma confiança internacional que há muito tempo necessitava”. Como se sabe, em 2015 a tal magia citada por Lula acabou por causa dos erros da política econômica do Governo Dilma. O Brasil perdeu o grau de investimento, restringindo a entrada de capital estrangeiro para o país, e até hoje não recuperou mais. É uma falsa dicotomia dizer que ou se escolhe responsabilidade fiscal ou responsabilidade social. As duas devem andar juntas: não há como fazer programas eficientes de transferência de renda sem controle da inflação. Contas públicas fora de controle tendem a gerar juros maiores e menor crescimento econômico. Quem mais se prejudica? Os mais pobres. Ao atacar a responsabilidade fiscal, Lula parece ainda estar em palanque eleitoral. Se seu governo seguir pelo caminho da irracionalidade econômica, quem pagará a conta hoje serão todos os brasileiros, e no futuro, nossos filhos e netos.