
A BR-101 avança para uma das intervenções mais aguardadas da concessão. A Ecovias Capixaba, concessionária que administra o trecho capixaba, deu início à fase de negociação das desapropriações necessárias para a construção dos contornos de Ibiraçu e Fundão, no Norte do Espírito Santo – obras que somam 12 quilômetros de novas pistas e têm previsão de início em março de 2026. O projeto é considerado estratégico para retirar o tráfego pesado do perímetro urbano dos dois municípios, aumentando a segurança viária e a fluidez do transporte na rodovia federal.
Definição dos traçados levou em conta estudos técnicos, ambientais, sociais e urbanísticos
Os contornos de Ibiraçu e Fundão têm conclusão contratual prevista até o quarto ano da concessão, contados a partir de 27 de agosto de 2025, quando o contrato modernizado da BR-101 foi assinado. A Ecovias, no entanto, aponta que têm trabalhado para antecipar a entrega para o terceiro ano, com início das obras já em março de 2026.
Matheus Oliveira, coordenador da Faixa de Domínio da Ecovias, explica que a definição dos traçados – que somam 12 quilômetros de novas pistas – levou em conta estudos técnicos, ambientais, sociais e urbanísticos, priorizando alternativas de menor impacto.
Nesta semana, a concessionária iniciou formalmente a fase de negociação das desapropriações, etapa que sucede a aprovação dos projetos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a publicação da Declaração de Utilidade Pública (DUP), que reconhece o interesse público das obras e autoriza, de forma legal, o início dos procedimentos de desapropriação necessários à execução do projeto.
Antes da negociação, a Ecovias realizou o cadastro dos imóveis e a elaboração dos laudos técnicos de avaliação. Nessa etapa, moradores e proprietários foram visitados para coleta de informações e documentos, processo essencial para a identificação das áreas atingidas e para o cálculo das indenizações. Com os laudos concluídos, têm início as reuniões individuais de negociação extrajudicial.
São apresentados o traçado, as justificativas técnicas e o valor indenizatório. Essa etapa busca a solução consensual antes da via judicial. Caso não haja acordo, o Poder Judiciário é acionado para avaliar o caso e fixar o valor devido.
Matheus Oliveira, coordenador da Faixa de Domínio da Ecovias