
Empresários, executivos e gestores públicos do Espírito Santo se reuniram, nesta segunda-feira, para um dos encontros mais relevantes do calendário econômico capixaba: o BUY ES. A edição deste ano aprofundou debates sobre os vetores que vão definir a próxima década – mercado de capitais, cenário político e econômico para 2026, logística, industrialização, energia, saneamento, turismo, cultura e o boom imobiliário – e consolidou a leitura de que o estado vive um novo ciclo de protagonismo nacional. O evento ainda marcou a estreia do Prêmio DNA Capixaba, homenagem criada para reconhecer lideranças, empresas e instituições que moldam o presente e projetam o futuro do Espírito Santo.
DNA Capixaba: confira os homenageados


A primeira homenagem da noite celebrou uma das vocações mais emblemáticas do Espírito Santo: o café. Referência global na produção, industrialização e exportação, o Grupo Tristão foi representado no palco pelo presidente Sérgio Tristão.
Durante sua apresentação, Sérgio resgatou as origens do grupo, fundado em 1935 por José Ribeiro Tristão, que começou com uma pequena loja em São Caetano e uma visão ousada para apoiar produtores locais.
“Nosso avô começou com uma loja simples, mas com uma ideia poderosa: dar crédito e apoio aos produtores. Desde então, seguimos acreditando no café como tradição, cultura e, sobretudo, pessoas. Essa história atravessou quatro gerações e continua crescendo, grão a grão. Agora, com a Realcafé, abrimos um novo ciclo econômico para o estado. Hoje, processamos milhares de sacas, estimulamos práticas sustentáveis e colocamos o Espírito Santo entre os maiores produtores de café do Brasil e referência em qualidade no mundo”, destacou.
Outra homenagem reconheceu o papel estratégico do saneamento na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico. Com mais de R$ 7 bilhões em investimentos recentes, a Cesan foi representada pelo diretor-presidente Munir Abud, que destacou o impacto da expansão da infraestrutura no estado:
“Nosso compromisso é entregar um serviço que muda vidas. Saneamento básico é saúde, dignidade e desenvolvimento. Cada obra e cada expansão representam mais oportunidades para os capixabas e mais força para a economia do estado. Vivemos um momento decisivo. Os projetos que estamos executando hoje moldarão o futuro do saneamento no Espírito Santo. Investimos em tecnologia, profissionalização e sustentabilidade para garantir que o crescimento do estado seja acompanhado por mais qualidade de vida”, completou Abud.
O esporte também teve seu espaço entre os homenageados. O Rio Branco foi reconhecido como símbolo de identidade capixaba e vetor de transformação social. O prêmio foi recebido pelo CEO Renato Antunes Jr, que reforçou o novo ciclo de gestão e profissionalização do clube.
“Nosso objetivo é devolver ao torcedor o orgulho de vestir essa camisa. O futebol é capaz de movimentar economias, fortalecer comunidades e transformar a autoestima de um estado inteiro. Estamos vivendo um momento decisivo. Inspirados em exemplos como Chapecó e Mirassol, acreditamos que o Rio Branco pode – e deve – liderar um movimento que faça do Espírito Santo uma referência nacional. Em 2026, vamos buscar o tricampeonato e consolidar esse novo ciclo”, afirmou Antunes.
A mobilidade e a logística também foram reconhecidas com a homenagem ao Grupo Águia Branca. Representado por Bruno Chieppe, diretor de Relações Institucionais, o grupo relembrou sua trajetória iniciada em Colatina e sua atuação nacional em transporte, logística, encomendas e comércio de veículos.
“Mobilidade é oportunidade. Cada rota que abrimos, cada serviço que entregamos, é uma ponte entre pessoas, trabalho e futuro. A Águia Branca segue combinando tradição e inovação para impulsionar o desenvolvimento regional”, completou Chieppe.
O prêmio Perpetuação de Legado foi entregue ao governador Renato Casagrande, que destacou a importância do planejamento, da responsabilidade fiscal e de políticas consistentes para transformar o estado.
“O que conquistamos não é obra de um indivíduo ou de um governo específico. É fruto de um trabalho coletivo, de uma sociedade engajada e de instituições fortes. Investir em infraestrutura, educação de qualidade e segurança não é gasto, é legado. É preparar o Espírito Santo para o futuro”, apontou o governador.
A capacidade de realização capixaba foi celebrada com a homenagem à Imetame, representada por seu fundador Etorre Cavallieri. De uma garagem a um dos maiores complexos portuários do país, a trajetória da empresa simboliza o empreendedorismo do estado.
“Nosso crescimento não é apenas empresarial, é fruto da dedicação de toda uma equipe e da confiança que recebemos do Espírito Santo. Transformar uma garagem em um complexo portuário exige visão de longo prazo, coragem e compromisso com nossa gente. Esse é o DNA capixaba: trabalhar com determinação, gerar oportunidades e construir legado.”
A indústria capixaba teve destaque durante a premiação: receberam homenagens a Fibrasa, representada por Léo de Castro, presidente da companhia e vice-presidente da CNI; a ArcelorMittal, representada pelo presidente Jorge Oliveira; e a Vale, representada pelo diretor Marcelo Klein.
“O que fazemos hoje, do Espírito Santo para o Brasil, gera emprego, renda e agrega valor à cadeia produtiva, mostrando que indústria e desenvolvimento caminham juntos”, finalizou Léo de Castro.