Com demanda aquecida na Europa, exportações de mamão do Espírito Santo crescem 19,8% Com demanda aquecida na Europa, exportações de mamão do Espírito Santo crescem 19,8% Com demanda aquecida na Europa, exportações de mamão do Espírito Santo crescem 19,8% Com demanda aquecida na Europa, exportações de mamão do Espírito Santo crescem 19,8%
Plantação de mamão no Espírito Santo (ES)
Plantação de mamão no Espírito Santo (ES)

De janeiro a setembro, o Espírito Santo exportou 16,76 mil toneladas de mamão, volume 19,8% superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando foram embarcadas 13,99 mil toneladas. O faturamento também cresceu 18,4%, passando de US$ 20,68 milhões em 2024 para US$ 24,49 milhões em 2025. Os principais destinos do mamão capixaba foram Portugal (4,18 mil toneladas), Estados Unidos (2,14 mil toneladas), Espanha (2,09 mil toneladas) e Reino Unido (2,08 mil toneladas).

No cenário nacional, as exportações brasileiras de mamão somaram 41,1 mil toneladas nos primeiros nove meses de 2025, um aumento de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O faturamento totalizou US$ 55,68 milhões. Em setembro, o volume exportado foi 24% maior que o de setembro de 2024 e 1,8% acima do de agosto deste ano.

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Mamão capixaba lidera crescimento nas exportações brasileiras 

Os principais destinos das vendas externas foram Portugal (31%), Espanha (16%) e Reino Unido (13%), com Espírito Santo e Rio Grande do Norte liderando os embarques.

Durante a maior parte do ano, as vendas externas se mantiveram aquecidas, com leve desaceleração em setembro devido à menor oferta de frutas adequadas à exportação. Ainda assim, a expectativa é de demanda externa firme, especialmente da Europa, o que deve manter o mercado aquecido até o fim de 2025, desde que haja continuidade na oferta de frutas de qualidade nos principais estados produtores – Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.

Em setembro, os preços do mamão subiram na maioria das Ceasas do país. Os maiores aumentos foram registrados na CeasaMinas – São Paulo (20,82%), Ceasa/SP – Campinas (19,75%) e Ceasa/ES – Rio Branco (40,19%).

A quantidade comercializada também cresceu em entrepostos como a Ceasa/RJ – Rio de Janeiro (28%) e a Ceasa/GO – Goiânia (86,6%), embora tenha havido queda na Ceasa/ES – Vitória (-8,2%). Na média ponderada entre os mercados analisados, houve alta de 8,6% no volume comercializado.

No início de setembro, a demanda aquecida impulsionou as vendas das duas principais variedades: papaya e formosa, mesmo com preços elevados e oferta restrita. A boa qualidade das frutas também favoreceu o mercado.

A partir da segunda quinzena, o aumento das temperaturas ampliou a oferta, principalmente da variedade papaya, levando à retração dos consumidores e estabilização dos preços. No fim do mês, a oferta voltou a cair, e, apesar da oscilação, o fechamento mensal indicou alta nas cotações.

De acordo com análise da Conab, os produtores do norte capixaba e do sul da Bahia enfrentaram problemas com viroses, provocadas pela amplitude térmica e chuvas, o que pode comprometer parte da produção e elevar os custos.

As praças baianas e capixabas lideraram os carregamentos para as Ceasas: a Bahia enviou 13,42 mil toneladas (alta de 9,2% em relação a agosto) e o Espírito Santo 12,01 mil toneladas (alta de 13,95%). Também contribuíram regiões mineiras, potiguares e paulistas, além de outras menores.

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Stefany Sampaio
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Colunista

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.

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