Com gigantes nacionais na carteira, capixaba quer dobrar de tamanho e alcançar R$ 100 milhões em faturamento até 2030

Fundada em 2008, na Serra, a Autvix é um dos exemplos mais sólidos de tecnologia industrial ‘made in Espírito Santo’. Depois de registrar um crescimento robusto nos últimos cinco anos – saltando de R$ 4 milhões em 2019 para R$ 50 milhões atualmente –, o grupo mira agora dobrar de tamanho e alcançar R$ 100 milhões de faturamento até 2030. Especializada em automação, engenharia e soluções digitais para a indústria, a empresa capixaba tem em sua carteira de clientes nomes como Vale, Petrobras, Suzano, ArcelorMittal, Samarco e Vports.

Do Sebrae à fornecedora das maiores indústrias do país

Criada inicialmente com foco em automação, a empresa diversificou suas atividades para áreas como projetos multidisciplinares, montagem industrial e desenvolvimento de produtos próprios. Hoje, desenvolve tecnologias aplicadas a setores como mineração, siderurgia, celulose, petróleo e gás, com destaque para sistemas de monitoramento por laser scanner, sensores inteligentes para medição de volume em correias transportadoras e modelagem digital de plantas industriais com scanner 3D e realidade virtual.

“O crescimento foi construído passo a passo, acompanhando as transformações da indústria. Quando começamos, em 2008, éramos apenas dois engenheiros com experiência técnica e a percepção de que o Espírito Santo tinha um enorme potencial industrial ainda pouco explorado. Decidimos sair da empresa em que trabalhávamos, em São Paulo, e abrir o próprio negócio aqui no estado, apostando que poderíamos oferecer, a partir daqui, o mesmo nível de tecnologia e engenharia disponível nos grandes centros”, explica o CEO da Autvix, Wanderson Araújo Silva.

A aproximação com grandes companhias ganhou força a partir da participação da empresa em programas de ‘encadeamento produtivo’ e capacitação de fornecedores conduzidos pelo Sebrae. “Como somos engenheiros e começamos com um perfil muito técnico, sempre sentimos a necessidade de aprimorar a parte de gestão e administração da empresa. Esses programas foram essenciais para nos capacitar na gestão de contratos e processos”, relembra.

Agora, a empresa se prepara para um novo ciclo de crescimento baseado em inovação e eficiência operacional. Em 2025, o grupo deve manter o faturamento próximo de R$ 50 milhões, mas o plano é dobrar de tamanho até 2030. Para isso, a aposta é combinar investimentos em inovação e reestruturação de processos internos, além da integração de inteligência artificial às rotinas administrativas e operacionais, com o objetivo de aumentar eficiência e reduzir custos.

“O foco é principalmente o investimento em tecnologia, que é a nossa área. Também estamos reestruturando processos internos para obter menor custo e maior produtividade, trazendo tecnologias de agentes de IA internos para os departamentos, de forma que os trabalhos sejam desenvolvidos com mais objetividade e agilidade. O Espírito Santo vem evoluindo muito em termos de estrutura industrial e inovação. Nosso objetivo é continuar crescendo junto com esse movimento”, conclui o CEO.

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Ricardo Frizera

Colunista

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.