O Porto da Imetame, em construção em Aracruz — a 80 quilômetros de Vitória —, avança em ritmo acelerado e já projeta o início das operações para o segundo semestre de 2026. No primeiro ano, a expectativa é movimentar 80 mil contêineres e 500 mil toneladas de carga geral. A meta do terminal é se consolidar como hub estratégico para receber os maiores navios do mundo e conectar o Brasil, o Mercosul e especialmente as rotas da Ásia. Entenda, abaixo, o andamento das obras do porto.
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Terminal de contêineres deve operar no segundo semestre do ano que vem
Na primeira fase estão previstos 780 metros de cais, dos quais mais de 630 metros já estão com obras em andamento com estacas cravadas. A dragagem, que permitirá a atracação de embarcações de grande porte, já alcançou 69% de avanço da obra referente ao início da operação de dois berços do Terminal de Contêineres.
A construção do Quebra-Mar Leste, principal proteção da área de manobra do empreendimento, finalizou o seu núcleo e agora, se prepara para a etapa de acabamento de seus 2,3 quilômetros de extensão. A concretagem do pátio de contêineres também foi iniciada.
“Estamos com o quebra-mar na condição final. Hoje, ele já dá proteção à operação. Recentemente, realizamos uma operação especial de embarque de peça pesada, realizada com uma licença específica dos órgãos anuentes, o que mostra a maturidade do empreendimento. Temos a perspectiva de, até o final deste ano, chegar a mais 600 metros de píer. E, possivelmente, no ano que vem, iniciar a construção do píer de carga geral”, afirmou Giuliano Guastti, diretor da Imetame.
O projeto, que começou focado na indústria metalmecânica, foi remodelado após a ‘crise do petróleo’ em 2015 e se consolidou como terminal multipropósito. A profundidade já alcançada — 17 a 18 metros no canal principal — permitirá receber navios de longo curso e dar competitividade ao Espírito Santo frente a outros portos brasileiros.
O diretor reforça ainda a importância da integração logística para que o porto atinja todo seu potencial.
“Nós temos condição de ser um hub realmente para navios de longo curso e acumular carga aqui. A conexão entre rodovia, ferrovia e logística como um todo é fundamental. Quanto mais rápido nos conectarmos e tirarmos os gargalos, mais competitivo será o Espírito Santo”, finalizou.