A Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, sediada em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo, pretende fechar o ano de 2025 com um faturamento recorde acima de R$ 3 bilhões. A estimativa foi anunciada pelo superintendente geral da cooperativa, Carlos Augusto Pandolfi, durante o evento Encontro Agro Business, promovido pela Apex e Rede Vitória em Linhares. O otimismo para este ano se apoia no cenário de preços e nos investimentos feitos para ampliar capacidade e eficiência.
Cooperativa já recebeu mais de 2,3 milhões de sacas nesta safra
Em 2024, a Cooabriel alcançou um faturamento bruto de R$ 2,57 bilhões, crescimento de 44% em relação a 2023, quando registrou R$ 1,78 bilhão. Para 2025, segundo Pandolfi, a expectativa é chegar à casa dos R$ 3 bilhões — faturamento recorde para a cooperativa.
Segundo ele, o resultado reflete a forte produção, ao cenário de preços e as estratégias de modernização adotadas pela cooperativa. Somente na atual safra, já foram recebidas mais de 2,3 milhões de sacas de café.
“Receber esse volume inteiro, em três meses e meio, é um desafio. Então esse desafio passa pela necessidade de tecnologia e mão de obra. Os impactos disso, é claro, a gente sentiu diretamente na receita. Nós tivemos, ano passado, um faturamento de R$ 2,57 bilhões. Esse ano, como o preço que, embora tenha caído, continua elevado, a Cooabriel deve fechar com um faturamento acima de R$ 3 bilhões. Para nós, é um recorde. Mas, além do faturamento, percebemos os impactos em toda a cadeia: atrai novos investidores, o próprio produtor passa a investir mais e a plantar mais”, explica.
Para dar conta dessa demanda, a cooperativa vem executando um plano de expansão em várias frentes. No último ano, foram investidos cerca de R$ 32 milhões em unidades no Espírito Santo e na Bahia. Entre as ações, estão a ampliação da capacidade estática de armazenagem e a modernização de armazéns e lojas.
Pandolfi destaca que a expansão física é acompanhada de investimentos em tecnologia, como um novo sistema de gestão e softwares voltados à logística e ao controle de estoque.
“O produtor não quer esperar. Ele quer chegar, deixar o café e sair com a segurança de que seu produto está bem armazenado e qualificado. Do lado de cá, de quem presta serviço, temos que tomar iniciativas para fazer com que isso aconteça da melhor maneira possível e o mais rápido possível. Então, a gente já entendeu e tem direcionado os olhares pra isso — e temos mais investimentos previstos para acontecer. Compramos uma área em São Gabriel da Palha, adjacente ao armazém, e já estamos iniciando os estudos, para que a gente consiga entregar para o nosso produtor, para o nosso cooperado, um armazém moderno, com um maquinário que possa atendê-lo no menor tempo possível, com toda a segurança possível que o mercado e a tecnologia oferecem hoje”, finaliza.