Desaprovação aumenta, mas Bolsonaro empata com Lula Desaprovação aumenta, mas Bolsonaro empata com Lula Desaprovação aumenta, mas Bolsonaro empata com Lula Desaprovação aumenta, mas Bolsonaro empata com Lula

Pesquisa Atlas Intel divulgada nesta sexta-feira (30) trouxe o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tecnicamente empatados na corrida eleitoral de 2022. De acordo com o levantamento, o petista tem 39,1% das intenções de voto, contra 35,9% de Bolsonaro. Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há um cenário de empate técnico. Contudo, Lula cresceu 6 pontos desde maio, com Bolsonaro oscilando 1% para baixo. Já o governo de Bolsonaro registrou aumento de desaprovação. Entenda os principais números da pesquisa e algumas análises possíveis com as perspectivas para 2022. Acompanhe mais análises em meu Twitter e no Instagram.

Rejeição do governo Bolsonaro aumenta

Na simulação do primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) pontuou 6,2%, João Doria (PSDB) 3,5%, e Eduardo Leite (PSDB): 3,1%, com Branco/nulo/não respondeu: 4,8%. Já no segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 49,2%, com Bolsonaro pontuando 38,1%. O atual presidente ainda perderia nos cenários para Ciro Gomes (PDT) — 43,1% a 37,7% —, Fernando Haddad (PT) — 41,9% a 38,4% — e João Dória (PSDB) — 40,6% a 38,1%, enquanto venceria Sérgio Moro (Sem partido) e Eduardo Leite (PSDB). A pesquisa também registrou a piora no desempenho de Jair Bolsonaro como presidente, de 57% para 62%, com o índice de aprovação entre o leitorado caindo de 40% para 36%. A aprovação de Bolsonaro é maior na região norte (50%), entre homens (44%) e jovens entre 25 e 34 anos (44%) e com renda entre R$ 2 mil e até R$ 10 mil (43%) e evangélico (52). Vale ressaltar que 26% entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em 2018 hoje desaprovam seu governo.  

Algumas conclusões e o que ficar de olho para 2022

As pesquisas eleitorais tem mostrado algumas convergências: a avaliação negativa do governo Bolsonaro tem superado a positiva, mas o presidente Bolsonaro mantém uma avaliação positiva resiliente, preservando um relevante capital político. Além disso, o ex-presidente Lula tem fortalecido sua posição, ao passo em que ainda não há nenhum nome de uma eventual terceira via que ameace a polarização Bolsonaro X PT, sendo este o cenário base. Ainda há palcos eleitorais importantes a se desenrolarem que podem influenciar as eleições presidenciais em 2022 de forma decisiva, como o avanço da vacinação, a CPI da Pandemia, qual será o partido de Jair Bolsonaro, quais serão as regras eleitorais e, especialmente, o grau da retomada econômica, pois a faixa da população que possui renda de até 2 salários mínimos é, justamente, a que está mais pessimista com a economia, sendo a parcela dos brasileiros que mais devem demorar para sentir os efeitos da retomada da geração de empregos. Nesse sentido, uma retomada econômica que alcance os brasileiros de menor renda até o início de 2022 é essencial para que Bolsonaro seja um candidato mais competitivo. Entre as iniciativas ventiladas pelo governo para auxiliar a população mais vulnerável está a implementação da Carteira Verde Amarela e a revisão de Normas Regulamentadoras, desburocratizando contratações, além de uma reformulação do Bolsa Família, ampliando o valor do benefício e a extensão da política pública.   Sobre a confiabilidade das pesquisas eleitorais, sugerimos a leitura desta coluna em que analisamos os problemas de amostragem em alguns institutos, e que não estão presentes na pesquisa Atlas Intel referenciada na coluna de hoje.