'Dobrar de tamanho em 10 anos': os planos de Alexandre Billot para a Portocel

A Portocel – operadora portuária de Aracruz, no norte do estado – projeta dobrar de tamanho nos próximos dez anos. À frente da operação, o gerente geral Alexandre Billot Mori detalhou que a diversificação de cargas e a expansão da atuação para além do Espírito Santo são os pilares da estratégia que vai reposicionar a empresa como um porto multipropósito. O executivo participou do painel “Aracruz e o Parklog​” durante o evento Data Business Logística, promovido pela Apex e Rede Vitória. Veja, abaixo, os principais destaques.

“Onde tiver celulose no Brasil e no mundo, a Portocel quer estar”, afirma

Tradicionalmente dedicada à exportação de celulose – seus acionistas são Suzano e Cenibra –, a Portocel vem ampliando fronteiras. Hoje, a operação já movimenta mais de 9 milhões de toneladas anuais em mais de 300 navios, com destino à Ásia, Europa e América do Norte. Em 2025, a empresa registrou também a importação de 20 mil veículos, além de ampliar o portfólio com cargas de fertilizantes, café e rochas ornamentais.

Segundo Billot, o processo de transformação começou em 2019, com a decisão de reposicionar a empresa como uma solução logística nacional. O passo mais simbólico foi dado em 2024, quando a Portocel assumiu a gestão de um terminal em Santos (SP) — primeira operação fora do Espírito Santo.

“Já temos uma filial em Santos, e este é apenas o começo, tenho certeza que é a primeira de várias outras que teremos pelo país. Onde houver celulose no Brasil e no mundo, vamos disputar espaço para estar presentes”, afirmou.

No painel, Billot destacou que a Portocel revisitou seu plano estratégico e o alinhou a pilares como infraestrutura, mercado, ESG, inovação e pessoas.

“Fomos o primeiro porto da América Latina a testar veículos autônomos dentro da operação. Acreditamos que inovação e sustentabilidade vão redefinir a forma de atuar no setor portuário. E nada disso se faz sem gente: a gestão de pessoas é central no nosso modelo”.

A meta agora é ousada: dobrar de tamanho até 2035. “Estamos conectados a uma aliança portuária robusta, o Parklog em Aracruz, que nos dá condições de ampliar retroáreas e captar novas cargas. O Espírito Santo tem todas as vantagens competitivas para se consolidar como hub logístico do país, e a Portocel será protagonista nesse movimento”, concluiu o executivo.

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Ricardo Frizera

Colunista

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.