O agro capixaba está dando um novo passo rumo à modernização. O Comitê Diretivo da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (24), o Programa de Estruturação do Ecossistema de Inovação do Agro Capixaba. A iniciativa busca ampliar a competitividade, sustentabilidade e inovação da agropecuária no Espírito Santo.
Coordenado pela Secretaria da Agricultura Seag, o programa foi construído de forma colaborativa, envolvendo instituições de ensino, pesquisa, extensão rural, setor produtivo, sociedade civil e órgãos do Governo do Estado. A proposta é consolidar um ecossistema inovador, descentralizado e inclusivo, com a ambição de posicionar o Espírito Santo entre os cinco estados mais inovadores do País no setor agropecuário.
Investimento e Ações
Com investimento estimado em R$ 6,5 milhões ao longo de 36 meses, o programa está alinhado ao PEDEAG 4 (Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba), ao Plano Estadual de Ciência e Tecnologia e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Entre as ações previstas estão:
- Capacitação de mais de mil pessoas;
- Aceleração de startups;
- Apoio a inventores e empreendedores rurais;
- Fortalecimento de hubs regionais como o Inova Alegre e o Inova Caparaó;
- Realização de eventos voltados à inovação no campo.
Conexões que geram inovação
O sucesso do programa depende da articulação entre diferentes atores. Para o professor Alessandro Coutinho, da Universidade de Vila Velha (UVV), a cooperação é essencial: “A inovação acontece quando há conexões genuínas entre os diversos agentes do ecossistema. Estamos aproximando o saber acadêmico dos desafios reais do campo, criando soluções que impactam o presente e moldam o futuro.”
A visão de futuro está ancorada em pilares como:
- Disseminação da cultura da inovação no meio rural;
- Estímulo ao empreendedorismo;
- Conexão com redes nacionais como Radar AgTech, Embrapa e Agnest Farmlab;
- Aproximação entre agentes locais e globais.
Com base sólida e forte articulação entre poder público, universidades, setor produtivo e sociedade civil, o Espírito Santo se prepara para liderar uma nova fase do agro brasileiro — mais sustentável, tecnológico e centrado nas pessoas.