
De janeiro a novembro de 2025, o Espírito Santo exportou cerca de 3,9 milhões de sacas de café, considerando os tipos conilon, arábica e solúvel, alcançando uma receita cambial de US$ 1,156 bilhão. Os dados são do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) e colocam o período entre os de maior movimentação financeira da história do café capixaba, mesmo diante da expressiva redução no volume embarcado.
O desempenho ocorre em um cenário de menor oferta de produto, compensada por preços elevados no mercado internacional. Em 2023, o estado exportou 5,2 milhões de sacas e, em 2024, chegou a 8,4 milhões. Ainda assim, a combinação de preços firmes e menor disponibilidade manteve a receita em patamar elevado.
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México supera EUA e Europa e passa a liderar os embarques do café produzido no Espírito Santo
No acumulado do ano, o México se tornou o principal destino do café capixaba, superando mercados tradicionais como Estados Unidos e países da Europa. O país respondeu por cerca de 13% dos embarques, consolidando uma mudança relevante no perfil das exportações.
Entre janeiro e novembro de 2025, os principais destinos do café exportado pelo Espírito Santo foram o México, com mais de 510 mil sacas, sendo aproximadamente 503 mil sacas de conilon; a Bélgica, com mais de 405 mil sacas, quase totalmente de conilon; e os Estados Unidos, que importaram mais de 296,5 mil sacas, com destaque para o café conilon e o solúvel.
Na sequência aparecem Espanha (mais de 292 mil sacas), Turquia (mais de 281 mil), Colômbia (mais de 263 mil), Itália (mais de 251 mil), Argentina (234,8 mil), Alemanha (quase 212 mil) e Indonésia (mais de 200 mil sacas), com variações relevantes na composição entre conilon, arábica e solúvel.
Apesar da receita expressiva, o acumulado do ano registra queda de 49% no volume total exportado, passando de 7,8 milhões de sacas em 2024 para quase 4 milhões em 2025. Já a receita recuou 31%, de US$ 1,67 bilhão para US$ 1,15 bilhão.
No café arábica, houve redução de 15% no volume, com 588 mil sacas exportadas, mas crescimento de 24% na receita, que somou US$ 225 milhões. No conilon, principal produto da pauta capixaba, a queda foi mais acentuada: 55% em volume e 41% em receita, totalizando US$ 818 milhões. Já o café solúvel apresentou retração de 19% no volume, mas avanço de 12% na receita, alcançando US$ 114 milhões.
Desempenho de novembro
Em novembro, as exportações totais de café pelo Espírito Santo somaram 307 mil sacas, uma queda de 35% em relação a outubro, com receita de US$ 91 milhões, recuo de 30%. No período, o arábica apresentou redução de 16% no volume e de 11% na receita. O conilon teve queda de 40% em volume e de 36% em receita, enquanto o solúvel recuou 30% tanto em volume quanto em faturamento.
Na comparação com novembro de 2024, as exportações totais caíram 56%, e a receita, 50%. O arábica registrou queda de 21% no volume, mas crescimento de 13% na receita. Já o conilon e o solúvel tiveram reduções superiores a 59% tanto em volume quanto em faturamento.Os principais destinos do café capixaba em novembro de 2025 foram México, Itália, Espanha, Turquia, Indonésia, Argentina, Colômbia, Líbano, Chile e Alemanha, com predominância do café conilon na maior parte dos embarques.
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