Fábrica de conservas em Venda Nova do Imigrante abastece cidades capixabas e avança em outros mercados Fábrica de conservas em Venda Nova do Imigrante abastece cidades capixabas e avança em outros mercados Fábrica de conservas em Venda Nova do Imigrante abastece cidades capixabas e avança em outros mercados Fábrica de conservas em Venda Nova do Imigrante abastece cidades capixabas e avança em outros mercados
Lorenza Falchetto Venturim (Venturim Conservas)
Lorenza Falchetto Venturim (Venturim Conservas)

Com produção artesanal e foco em ingredientes locais, a Venturim Conservas conquista mercado em Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro, levando o sabor das montanhas capixabas para além das fronteiras do Espírito Santo. Em Venda Nova do Imigrante, uma agroindústria tem se tornado uma referência na produção de conservas artesanais que valorizam ingredientes capixabas.

Fundada em 2014, ela nasceu com o propósito de agregar valor à produção de palmito pupunha da família, iniciada ainda em 1999. Com o tempo, o portfólio cresceu e a marca passou a ocupar espaço nas prateleiras de diferentes regiões do Espírito Santo — e também de estados vizinhos, como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Acompanhe o Folha Business no Instagram

Palmito, champignon e pimenta em conserva conquistam consumidores fora do ES

A empresa produz cerca de 20 toneladas de conservas por ano, com destaque para o palmito, que representa 55% do faturamento total, e o champignon, com 23%. Juntos, eles compõem a maior parte das receitas da agroindústria, que também oferece pimenta-biquinho, tomate seco, alcaparras, mini pepino e cebolinha em conserva.

“O nosso objetivo sempre foi trabalhar com produtos artesanais, com o máximo de aproveitamento da matéria-prima local. Começamos com o palmito, que era uma cultura que já fazíamos, e depois vimos que havia espaço para crescer, tanto em variedade quanto em mercado”, explica Lorenza Falchetto Venturim, proprietária da agroindústria.

70% das conservas de palmito são feitas com cultivo próprio, garantindo controle de qualidade desde o campo até o pote. O diferencial da marca, segundo Lorenza, é a textura dos produtos. “Nosso slogan é que o palmito é 100% macio. Seja picado, em rodelas ou inteiro, o cliente sempre terá um produto com essa qualidade sensorial”, afirma.

Qualidade e produção artesanal

A produção também envolve cuidados rigorosos com higiene e padronização. No caso do champignon, por exemplo, o processo começa com uma lavagem em três etapas, seguida da seleção manual dos cogumelos, envase e fechamento dos potes. Depois, os produtos passam por cocção em alta temperatura por 15 minutos.

“O processo é bem artesanal. Cada cogumelo é escolhido à mão e tudo é feito com muito cuidado, o que garante um padrão de qualidade e sabor que faz a diferença no paladar do consumidor”, afirma Lorenza.

A qualidade dos produtos tem se refletido nos resultados. No caso dos produtos à base de champignon, a alta foi de 75% só nos três primeiros meses do ano.

Venturim Conservas em Venda Nova do Imigrante

Expansão e parcerias locais

Esse desempenho tem impulsionado a presença da marca em novas regiões. Hoje, os produtos da Venturim Conservas já são encontrados em cidades da Grande Vitória, no Sul e Norte capixaba, e também em Minas Gerais e no interior do Rio de Janeiro.

“Fazemos questão de manter a parceria com produtores locais. Grande parte do champignon, por exemplo, vem de Domingos Martins. A gente só recorre a outras regiões quando a demanda é maior do que a produção local consegue atender”, conta Lorenza.

Além da valorização da agricultura local, a empresa também mantém um rígido controle de qualidade. Cada lote passa por análises que garantem o pH ideal, peso e características sensoriais do produto.

“Esses testes são essenciais para garantir a segurança alimentar e a fidelidade ao que prometemos ao consumidor”, explica Josimar Justo de Oliveira, consultor de qualidade da Venturim Conservas.

Em 2017, a empresa inaugurou uma loja anexa à fábrica, em Venda Nova do Imigrante, com o objetivo de oferecer produtos exclusivos e aproximar ainda mais o público do processo produtivo.

“A loja é uma oportunidade de mostrar todo o cuidado que temos em cada etapa. As pessoas gostam de ver de perto, entender de onde vem o que consomem. Isso gera confiança e fideliza o cliente”, destaca Lorenza.

Leia também:

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio

Colunista

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.