Fábrica de R$ 650 milhões da Suzano começa a operar em Aracruz

A nova fábrica da Suzano em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, entra oficialmente em operação nesta terça-feira (18) – consolidando um investimento de R$ 650 milhões e completando, pela primeira vez, toda a cadeia de produção do papel dentro do estado. A planta possui capacidade para produzir 60 mil toneladas de papel tissue (material utilizado para a produção de papel higiênico, por exemplo) por ano, e será responsável por abastecer tanto o mercado capixaba quanto regiões do Sudeste e do Centro-Oeste. Entenda.

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“Essa unidade nasceu com vocação para crescer”, aponta vice-presidente da companhia

Em entrevista à Coluna Mundo Business, o vice-presidente executivo de Bens de Consumo e Relações Corporativas da Suzano, Luís Bueno, apontou que a unidade marca a consolidação do Espírito Santo como um dos poucos polos do país a reunir todas as etapas do processo industrial: cultivo do eucalipto, produção de celulose, fabricação do papel, conversão e escoamento via porto.

“É algo que antes só existia no Maranhão, mas lá com distâncias de mil quilômetros entre fábrica e porto. Aqui, tudo está integrado. Essa nova fábrica faz com que o Espírito Santo passe a ter toda a cadeia de produção do papel completa – do cultivo das florestas à exportação”, explica Bueno.

A nova planta terá capacidade para produção de 60 mil toneladas anuais de papel tissue, com dois equipamentos de conversão que permitirão fabricar 30 mil toneladas de papéis higiênicos por ano — incluindo as marcas Neve, Mimmo® e Max Pure®. Além de abastecer o Espírito Santo, a unidade atenderá as regiões Sudeste e Centro-Oeste, incluindo Distrito Federal, Goiás e Tocantins, reforçando a posição do estado como centro regional de distribuição.

“Ainda há um diferencial importante: o Espírito Santo é um dos poucos lugares do país onde toda essa cadeia – da floresta ao porto – está concentrada no mesmo território, com o porto literalmente integrado à operação industrial”, completa o vice-presidente.

A unidade foi equipada com tecnologia italiana e automações inéditas no portfólio da Suzano, incluindo um sistema de captação do pó gerado no processo industrial — inovação que reduz emissões e melhora a qualidade do ar dentro da fábrica. Câmeras com inteligência artificial também vão monitorar o fluxo produtivo em tempo real, ajustando parâmetros e aumentando a produtividade.

Com a fábrica agora em operação, a companhia abre caminho para novas discussões sobre expansão nos próximos anos. “Daqui a cinco anos, acredito que teremos de discutir expansões. A fábrica nasceu com vocação para crescer”, finaliza Bueno.

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Ricardo Frizera

Colunista

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.