O setor brasileiro de rochas ornamentais – liderado pelo Espírito Santo, responsável por mais de 80% das exportações nacionais – prepara mais um movimento rumo à internacionalização: a instalação de uma base fixa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O projeto, em fase avançada de desenvolvimento, prevê a criação de um centro logístico e promocional permanente para as pedras naturais brasileiras, consolidando o país como fornecedor no mercado do Oriente Médio.
Centro permanente amplia acesso a novos mercados
Batizado de Brazilian Natural Stone Hub, o espaço reunirá empresas nacionais em uma estrutura voltada à exposição, estoque e comercialização direta de materiais – aproximando produtores, arquitetos, incorporadores e compradores internacionais. Com equipes locais e operação contínua, o hub oferecerá disponibilidade imediata e variedade de produtos.
Fábio Cruz, vice-presidente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), que está liderando a iniciativa, vê no projeto uma oportunidade estratégica para reposicionar o Brasil no mapa global das pedras naturais.
“O Oriente Médio vem se mostrando uma região estratégica para quem busca fugir da dependência de mercados tradicionais e alcançar clientes que valorizam diferenciação, qualidade e exclusividade”, destaca.
Ele aponta que, além de servir como vitrine comercial, o hub de Abu Dhabi também funcionará como ponto de apoio logístico e de inteligência de mercado, facilitando a entrada das pedras brasileiras em grandes projetos imobiliários e de infraestrutura em curso na região. A estrutura permitirá reduzir prazos de entrega, otimizar custos de transporte e garantir padrão de qualidade em um mercado altamente competitivo e em expansão, onde o consumo por materiais nobres cresce de forma acelerada.
A proposta ganhou força após uma agenda liderada pelo Centrorochas em Dubai e Abu Dhabi. Agora, o modelo de governança do hub será apresentado oficialmente durante a 2ª edição do Stone Core, que acontece em novembro, em Cachoeiro de Itapemirim. A expectativa é que o projeto se torne uma vitrine permanente das rochas brasileiras, fortalecendo a presença do Espírito Santo e do país nas rotas internacionais de arquitetura, design e construção.