Maior empresa do estado, Comexport lança fintech e pretende movimentar R$ 5 bilhões por mês em câmbio

Depois de ter ultrapassado a unidade operacional da Petrobras e atingindo a primeira colocação entre as maiores empresas do Espírito Santo, a Comexport — que atingiu R$ 34,6 bilhões de receita operacional líquida em 2024 e assumiu a liderança do ranking das 200 Maiores do IEL/Findes — acaba de lançar uma fintech de serviços cambiais. A ideia da plataforma é integrar, em um único fluxo digital, câmbio, logística e documentação obrigatória do comércio exterior, reduzindo em até 30% o tempo gasto nas operações. A expectativa é chegar a R$ 5 bilhões movimentados por mês em cinco anos.

Plataforma foi criada em parceria com executivo ex-Santander

A plataforma, que recebeu o nome de FXPort, combina a experiência da Comexport no comércio exterior com a trajetória de três décadas de mercado financeiro de Fernando Pierri, executivo ex-Santander, Morgan Stanley e Citi. A solução integra automaticamente faturas, licenças, registros e toda a documentação logística às etapas de cotação e pagamento bancário. 

O executivo afirma que o modelo é inédito no país e busca reduzir riscos, encurtar prazos e tornar mais eficiente a rotina de exportadores, importadores e instituições financeiras. 

“Nossa missão é eliminar fricções. No comércio exterior, o câmbio sempre ficou separado da logística. Os documentos surgem na importação, mas nunca seguiram automaticamente para os bancos. O cliente precisava ligar, reenviar arquivos e conferir tudo manualmente. Conectamos logística, preço e pagamento em um único trilho tecnológico, algo que não existia no mercado brasileiro”, complementa Pierri.

A fintech estreou com cinco bancos parceiros e suporte a diversas moedas, incluindo stablecoins (um tipo de criptomoeda cujo valor é vinculado a outro ativo, como uma moeda fiduciária ou ouro, para manter um preço estável) – agora reguladas pelo Banco Central – para operações internacionais. 

A meta é movimentar R$ 2 bilhões por mês ao fim do segundo ano de operação e atingir R$ 5 bilhões mensais no quinto ano. “O país vive uma fase em que eficiência e velocidade se tornam requisitos básicos. Queremos ser o elo entre esse novo Brasil e o mercado global”, finaliza Pierri.

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Ricardo Frizera

Colunista

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.

Sócio-diretor da Apex Partners, casa de investimentos com R$ 14 bilhões de reais sob cuidado. Seu propósito é ajudar a colocar o Espírito Santo no mapa. Alcança mais de 1 milhão de pessoas por mês utilizando plataformas de mídia digitais e tradicionais.