A Marca Ambiental – empresa pioneira em soluções completas para resíduos no Espírito Santo – está dando um passo inédito na logística sustentável capixaba: a empresa está investindo cerca de R$ 20 milhões para renovar sua frota com caminhões movidos a biometano, combustível renovável produzido a partir de resíduos orgânicos. Já são dois veículos adquiridos, e a meta é chegar a 20 caminhões até 2026, substituindo os modelos a diesel. Entenda.
“Entregamos a mesma performance, mas com 90% a menos de poluição”
Já em operação, o primeiro caminhão movido a biometano do estado transporta resíduos domiciliares da unidade de Transbordo de Vitória para a Central de Valorização de Resíduos da Marca Ambiental, em Cariacica. Por enquanto, ele opera com gás natural veicular (GNV), que emite até 25% menos dióxido de carbono (CO₂) em comparação ao diesel. Mas, até o fim do ano, a expectativa é que passe a rodar com o ‘biocombustível’, assim que ficar pronta a nova usina de biometano da empresa, prevista para o segundo semestre deste ano.
O segundo veículo, também já adquirido, está prestes a iniciar atividades na Serra. Diogo Ribeiro, diretor de energias renováveis da Marca Ambiental, aponta que a meta da empresa é renovar a frota completa, com 20 caminhões, até o final de 2026.
“Adquirimos dois caminhões movidos a biometano, que já iniciaram a operação, e a ideia é trocar toda a nossa frota até o final do ano que vem. Começamos a operar com GNV, um combustível mais limpo que o diesel. Mas já estamos na reta final da construção da nossa usina de biometano, e assim que ela entrar em operação, vamos passar a consumir o biometano produzido aqui na Marca mesmo”, afirma.
O ‘novo combustível’, que substitui o gás natural de origem fóssil, tem aplicações diretas tanto em veículos quanto em processos industriais, contribuindo para a descarbonização e para a redução de emissões em diferentes setores da economia.
“A gente tem duas vantagens em aproveitar esse biogás. Primeiro, é que ele não vai para a atmosfera. E o outro é que a gente também pode utilizá-lo na malha de energia elétrica e combustível, onde você pode substituir um combustível poluente por um renovável. Nesse caso dos veículos, hoje, os caminhões movidos a biometano já têm a mesma performance dos a diesel. Entregamos a mesma potência, mas com 90% menos poluição. Isso é descarbonização ‘na veia’”, completa.
Segundo Ribeiro, o tratamento do biogás na usina permitirá que o próprio resíduo gerado pela população volte à cidade como combustível renovável, abastecendo os caminhões responsáveis pela coleta, fechando, assim, um ciclo completo de economia circular.
“Esses caminhões transportam lixo, e esse mesmo lixo gera combustível que vai abastecer o caminhão”, finaliza.