Municípios produtores de café arábica registram maiores crescimentos no estado Municípios produtores de café arábica registram maiores crescimentos no estado Municípios produtores de café arábica registram maiores crescimentos no estado Municípios produtores de café arábica registram maiores crescimentos no estado

Devido aos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia capixaba, o PIB registrou fraco desempenho, passando de R$ 137,4 bilhões em 2019 para R$ 138,5 bilhões em 2020. Apesar do crescimento nominal, a variação foi de -4,4%. Um dos setores que contribuíram para o crescimento da economia do estado em 2020, foi a agropecuária com avanço de 25,8%. A cafeicultura, principal atividade agrícola do Espírito Santo, contribuiu para o aumento do PIB de municípios como Irupi (+49,5%), Brejetuba (+40,9%) e Ibitirama (+39,5). De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), as variações positivas foram reflexo dos ganhos nas culturas de café arábica devido à bienalidade positiva. Acompanhe Agro Business no Instagram

Irupi, Brejetuba e Ibitirama prosperaram com o café arábica

Dos 78 municípios do Espírito Santo, 64 registraram expansão do PIB, enquanto 14 deles mostraram retração, repercutindo mais intensamente os impactos da pandemia. De acordo com o levantamento do PIB dos Municípios do Espírito Santo 2020, alguns municípios apresentaram maiores variações no valor nominal em relação ao ano de 2020. Irupi (+49,5%), Brejetuba (+40,9%) e Ibitirama (+39,5%) prosperaram principalmente com ganhos nas culturas de café arábica devido à bienalidade positiva. Já Governador Lindenberg (+32,8%) ganhou destaque pela produção de café conilon. Santa Leopoldina (+37,1%) e Baixo Guandu (+30,5%) na geração de energia, com ganhos devido à alta dos preços e da produção. Segundo Pablo Lira, diretor de Integração do Instituto Jones, o setor primário (agricultura, pecuária e o extrativismo vegetal, animal e mineral) tem relevância considerável na composição da economia capixaba. “O café foi o principal produto do primeiro ciclo econômico capixaba. No segundo ciclo da indústria foram desenvolvidas estruturas para contribuir para a assistência técnica e rural, como o Incaper. No terceiro ocorreu a expansão da base produtiva das commodities e o advento do petróleo e gás”, explicou. No entanto, Lira destaca que o café continua sendo o principal responsável por impulsionar a base econômica do estado, além das culturas da pimenta-do-reino, banana, mamão, tomate, cana-de-açúcar, cacau, coco, entre outras.

Agro ganhou participação na economia capixaba

A variação positiva do setor agropecuário em 2020 foi influenciada pela agricultura e a pós-colheita, que cresceu 0,5%. A pecuária teve crescimento por conta da criação de bovinos e de aves. Somando os valores das atividades, a agropecuária ganhou participação na economia estadual, passando de 3,6% para 4,5%, entre 2019 e 2020. O diretor do IJSN afirma que o Espírito Santo tem a base produtiva agropecuária por conta da forte influência da agricultura familiar. Cerca de 75% das propriedades rurais estão fundamentadas na agricultura familiar, sendo um cenário positivo para a geração de renda e postos de trabalho no estado. “A produção do café arábica e do conilon gera riqueza para os municípios. Com o encadeamento econômico, a riqueza gerada com a produção agropecuária, que não se limita ao café, é passada para outros setores da economia e microrregiões capixabas”, disse Lira.

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio

Colunista

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.

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