Além de colocar o Espírito Santo na rota global da exportação de petróleo, o novo Terminal de Granéis Líquidos (TGL) Praia Mole trará impactos positivos para os cofres públicos dos municípios da Grande Vitória: somente com a movimentação de petróleo prevista para os próximos anos, a expectativa é de que o novo terminal gere até R$ 80 milhões em royalties para as cidades de Vitória, Serra e Vila Velha. O projeto tem um investimento estimado em R$ 340 milhões e será operado pela Blue Terminals – empresa do Zmax Group.
Previsão é que terminal entre em operação no segundo semestre de 2027
O novo terminal terá capacidade para movimentar até 14 milhões de toneladas de petróleo por ano, o equivalente a cerca de 100 milhões de barris. Segundo a administradora, a infraestrutura está preparada para receber navios do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier, que significa “navio transportador de petróleo bruto muito grande”). A previsão é que as obras tenham início em agosto de 2026, após a liberação, e que o terminal passe a operar no segundo semestre de 2027.
A expectativa é de que o projeto gere, nos primeiros anos de operação, até R$ 80 milhões em royalties para as cidades de Vitória (40%), Serra (30%) e Vila Velha (30%), considerando os parâmetros médios de preço e volume de 2023. A operação também deve ampliar significativamente a arrecadação de tributos: serão R$ 268 milhões por ano de valor adicionado à economia do estado (incremento do PIB) e R$ 156 milhões anuais de tributos arrecadados (PIS, COFINS/ IR e ISS).
“O novo terminal é uma infraestrutura pensada para colocar o Espírito Santo na rota global do petróleo. O Estado é hoje o terceiro maior produtor do país, mas ainda exporta pouco do que produz. O TGL Praia Mole muda esse cenário e fortalece a posição capixaba como polo logístico na exportação de petróleo”, destaca Bruno Fardin, diretor executivo da Blue Terminals.
A operação contará com tecnologia de ponta e rigorosos padrões de segurança, seguindo normas da IMO (Organização Marítima Internacional) e exigências de órgãos reguladores como a Marinha e a ANTAQ. Entre os recursos previstos estão navios com casco duplo, sistemas de contenção automatizados, monitoramento contínuo, centro de controle operacional e protocolos robustos de emergência ambiental.
De acordo com estudos de impacto, serão gerados até 4 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.
“Estamos comprometidos com uma operação segura e sustentável. O terminal foi concebido com responsabilidade técnica e social, respeitando o meio ambiente e contribuindo com o crescimento do Estado de forma equilibrada”, reforça Fardin.
A engenharia conceitual do projeto já está finalizada, com 44 simulações de manobrabilidade aprovadas e licenciamento ambiental em andamento junto ao IEMA. O empreendimento já conta com memorando de entendimento assinado com a VPorts, autoridade portuária responsável pela gestão do molhe de Praia Mole e com a Petrobras.