Primeira escola de bonsai do Espírito Santo é inaugurada em Vila Velha

O Espírito Santo acaba de entrar no mapa nacional do bonsai com a inauguração da primeira escola dedicada à arte milenar das árvores em miniatura. Localizada em Vila Velha, na região metropolitana, a escola Yujin Bonsai é o novo espaço voltado exclusivamente ao ensino e à prática do cultivo de bonsais, uma técnica que une paciência, sensibilidade estética e profundo respeito pela natureza.

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Escola em Vila Velha oferece aulas e serviços especializados no cultivo de bonsai

O responsável pelo projeto é o bonsaista Wildson de Faria, que transformou o próprio jardim em um ambiente de aprendizado. Apaixonado pela técnica, ele começou a cultivar bonsais após a aposentadoria, como forma de desacelerar e melhorar a saúde — por recomendação médica. O que era um hobby acabou virando profissão e, agora, também ensino formal.

Wildson de Faria, bonsaista

Com mais de 300 exemplares cultivados, Wildson resolveu compartilhar o conhecimento e abriu as portas da escola neste ano.

O curso conta com a parceria do professor Julio César da Silveira, referência nacional no assunto, que ministra aulas em oito módulos ao longo de dois anos. Os encontros são presenciais e reúnem atualmente 14 alunos, com planos de expansão.

“O objetivo é elevar o nível técnico dos praticantes capixabas e colocar o Espírito Santo no circuito do bonsai brasileiro”, explica Julio. “A dedicação dos alunos tem surpreendido, e o potencial da região é enorme.”

Além das aulas, o local oferece serviços como hospedagem de bonsais — ideal para quem precisa se ausentar e quer garantir o cuidado adequado com a planta — e aluguel de bancadas, onde o cultivo recebe manutenção especializada com podas, troca de vasos e fertilização. Também é possível encontrar espécies adaptadas ao clima local, como jabuticabeiras, azaleias, buganvílias e mini laranjeiras.

O cultivo de bonsai exige tempo, paciência e técnica. Árvores que normalmente atingiriam grandes proporções são cuidadosamente moldadas e mantidas em vasos, sem perder suas características naturais. “Mais do que um hobby, o bonsai é uma forma de vida. Ele ensina disciplina, contemplação e reconexão com a natureza”, afirma Wildson de Faria.

A primeira turma começou em março, reunindo 14 alunos com média de 30 anos. O curso é dividido em quatro módulos ao longo do ano, com aulas presenciais que abordam desde a fisiologia dos vegetais até técnicas específicas como poda, aramação, replantio e escolha de vasos. O primeiro módulo foi realizado no dia 15 de março e marca o início de uma formação completa voltada para quem deseja se aprofundar na arte do bonsai.

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio

Colunista

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.

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