
O primeiro óleo do campo de Wahoo, localizado na Bacia de Campos, no litoral sul do Espírito Santo, está previsto para sair até abril de 2026, com quatro poços produtores. A operação, que soma US$ 870 milhões em investimentos, vai adicionar até 40 mil barris de petróleo por dia à produção da Prio – um incremento equivalente a quase 50% do volume atual da companhia. Entenda.
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Projeto deve gerar mais de R$ 4 bilhões em royalties, aponta Prio
O campo de Wahoo é o primeiro totalmente desenvolvido pela Prio. Em setembro, a companhia recebeu do Ibama a licença para o desenvolvimento da produção, que será viabilizada por uma interligação submarina (tieback), conectando Wahoo ao FPSO Frade, navio-plataforma com capacidade de processar 100 mil barris por dia, que fica localizado no campo de mesmo nome também operado pela Prio. Ambos ficam na Bacia de Campos, separados por uma distância de 30 km.
Com a autorização, começaram as atividades de construção submarina. A embarcação responsável pelo duto chegou ao Brasil em outubro e as operações no campo estão previstas para este mês de novembro. Paralelamente, a empresa avança na perfuração dos poços produtores: os dois primeiros já foram concluídos. O cronograma prevê quatro poços em operação no início da produção, que está prevista até abril de 2026.
A expectativa é que o campo adicione cerca de 40 mil barris diários à produção da companhia, que no terceiro trimestre deste ano registrou média de 88,2 mil barris por dia.
“No campo de Wahoo, avançamos de forma significativa. Obtivemos a Licença de Instalação, o que permitiu o início das atividades de construção submarina e de interligação do campo ao FPSO de Frade […]. As demais atividades seguem conforme o cronograma, com o objetivo de garantir o ‘first oil’ entre março e abril de 2026”, afirmou a Prio em comunicado.
Wahoo é considerado pela Prio um dos projetos mais relevantes no curto prazo. No início deste ano, o CEO da companhia, Roberto Monteiro, afirmou que, além de ampliar de forma expressiva o volume produzido, o campo terá impacto direto na economia capixaba e nacional.
“Wahoo é a nossa prioridade e um projeto para o qual estamos preparados há bastante tempo. Além de aumentar nossa produção em até 40 mil barris por dia, sua operação movimentará a economia com empregos e futuramente com a geração de mais de R$ 4 bilhões de royalties para o Espírito Santo e para a União ao longo de sua vida”, afirmou.