
O Espírito Santo avança em mais um dos projetos estratégicos da sua agenda de segurança hídrica. A Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) colocará em leilão, estimado para 2026, um projeto de R$ 1 bilhão para construir, em Guarapari, a maior usina de dessalinização do Brasil – e uma das maiores da América Latina. Com capacidade para transformar 12 mil litros de água do mar por segundo em água potável, a unidade criará uma nova fonte de abastecimento para a Grande Vitória e integrará um ciclo de investimentos que já movimenta bilhões no saneamento capixaba.
Unidade ficará na Rodovia do Sol, próximo à divisa com Vila Velha
O projeto entrou em Consulta Pública, etapa que antecede a análise da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-ES) e do Tribunal de Contas (TCE-ES). Com os pareceres, será publicado o edital que levará ao leilão na B3, previsto para acontecer até o final de 2026. O investimento previsto é de cerca de R$ 1 bilhão.
Durante o Buy ES, realizado nesta semana, o diretor-presidente da Cesan, Munir Abud, afirmou que a usina ficará localizada às margens da Rodovia do Sol, próxima ao limite com Vila Velha, e se somará a outras obras estruturantes já contratadas: usinas de reuso, barragem do Jucu e novas estações automatizadas de tratamento. Segundo ele, o conjunto dessas iniciativas tem potencial para solucionar o desafio hídrico da região metropolitana.
“É um momento muito especial para o saneamento básico no Espírito Santo, que mostra que o trabalho começou a refletir em resultado positivo. Entregamos recentemente um leilão que vai injetar R$ 7 bilhões na economia capixaba, recursos da iniciativa privada. Nossa capital, Vitória, figura hoje como a primeira cidade do país em abastecimento de água tratada, segundo o Trata Brasil. Há quatro anos, estávamos na 17ª posição. Isso mostra que esses investimentos geram resultados. Agora, vamos somar a eles o leilão no próximo ano da maior usina de dessalinização do país e uma das maiores da América Latina”, afirmou.
Abud aponta que a perspectiva de longo prazo é parte central da agenda.
“A Cesan continuará na B3 realizando leilões e atraindo recursos, porque nosso plano de universalização vai gerar investimento em turismo, mais de 20 mil empregos diretos e mais de R$ 20 bilhões na economia capixaba. Estamos preparando o Espírito Santo para os próximos 20 ou 30 anos”, completou.