Uma pesquisa realizada pela Futura Inteligência, no âmbito do projeto “100% Cidades”, revelou que um terço dos brasileiros está cansado da polarização política que tem marcado o cenário nacional. A pesquisa oferece uma visão detalhada sobre as percepções políticas em diferentes regiões do país, destacando as diferenças regionais nas atitudes e sentimentos dos cidadãos. A polarização “Lulanaro”, entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um tema central no debate político atual. A pesquisa foi divulgada no evento Brazilian Regional Markets, realizado em Brasília na última quarta-feira (03). Confira os resultados e diferenças regionais.
O que a Futura Inteligência revela?
No cenário nacional, 34% dos entrevistados acreditam que o país está polarizado e estão cansados disso. 26% acreditam que o país está polarizado e estão ao lado de Jair Bolsonaro, enquanto 20,7% estão com Lula. Por outro lado, 15,1% não acreditam que o país está dividido e 4,1% não souberam responder. Contudo, a intensidade da polarização varia entre as cinco regiões do país: Centro-Oeste: 48,5% dos entrevistados estão cansados da polarização, 22% estão ao lado de Bolsonaro, e 11,6% com Lula. Sudeste: 37,2% dos entrevistados estão cansados da polarização, 25,6% apoiam Bolsonaro e 19,3% estão com Lula. Nordeste: 32,1% dos entrevistados estão cansados da polarização, 22,3% apoiam Bolsonaro e 22,1% estão com Lula. Sul: 25,3% dos entrevistados estão cansados da polarização, 37,3% apoiam Bolsonaro e 21,4% estão com Lula. Norte: 23,3% dos entrevistados estão cansados da polarização, 25,9% apoiam Bolsonaro e 30,6% estão com Lula. Análise dos resultados Na visão de José Luiz Orrico, diretor político da Futura Inteligência, o Brasil vive um sentimento de mal-estar desde 2013, que gradativamente foi sendo ampliado, com a população migrando para polos políticos representados por Bolsonaro e Lula. Contudo, o cansaço com a polarização pode ser um indicativo de que os brasileiros estão buscando alternativas que promovam maior coesão social e política. Ainda segundo Orrico, apesar da polarização, o principal fator nas eleições municipais de 2024 será a avaliação da zeladoria dos atuais incumbentes, os prefeitos. “Dificilmente quem é bem avaliado perderá a chance de reeleição”, conclui. Os dados revelados pela Futura sugerem que a polarização pode perder força em médio prazo, mas a concretização disso depende de diversos fatores, como maior coesão social, melhoria na educação cívica e também o rearranjo de forças políticas.
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