Com Plants vs. Zombies: Replanted, a Electronic Arts e a PopCap trazem de volta um dos jogos mais icônicos das últimas décadas. Para entender a motivação por trás do projeto e os desafios de reviver o charme do original, conversamos com Jake Neri, Diretor Sênior de Desenvolvimento de Produto da EA.
Rômulo Justen – Jake, o primeiro Plants vs. Zombies marcou uma geração. Quando vocês decidiram trazer o jogo de volta com Replanted, qual foi a principal motivação? Era mais um tributo aos fãs ou uma forma de reapresentar a série a uma nova audiência?
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Jake Neri — Definitivamente foi um pouco dos dois. Os fãs vêm pedindo há anos para ter Plants vs. Zombies nos consoles modernos, ou em consoles nos quais o jogo nunca havia sido lançado antes. Os consoles de hoje são realmente espetaculares, e o jogo ficou ótimo neles, tanto visualmente quanto na jogabilidade. Mas sim, Plants vs. Zombies é atemporal, e realmente valorizamos a oportunidade de apresentar o jogo e seu universo a uma nova geração de jogadores.
R – Apesar da remasterização, Replanted ainda parece o mesmo jogo que todos amam. O que foi essencial manter intacto para preservar o charme e o humor do original?
J — Ficamos felizes que você sinta isso. Nosso objetivo foi realmente fazer tudo o que pudéssemos para permanecer fiéis ao jogo original que os jogadores conhecem e amam. Passamos muito tempo garantindo que a jogabilidade fosse preservada, porque Plants vs. Zombies é realmente muito divertido de jogar.
É um jogo que as pessoas adoram jogar repetidamente. Sua rejogabilidade é uma das coisas que o tornam especial. E, claro, o estilo, as animações, a excentricidade dos personagens — tudo isso era muito importante. Temos a sorte de contar com uma equipe muito apaixonada trabalhando neste jogo, e eles merecem todos os créditos por terem feito um trabalho maravilhoso.
R – Os trailers mostram animações refeitas e ambientes muito mais vivos. Há alguma cena, fase ou planta que vocês recriaram com um carinho especial — algo que os fãs antigos vão reconhecer de imediato e sorrir?
J – Posso garantir que um cuidado especial foi usado na criação de todo o Plants vs. Zombies: Replanted. Esperamos que os fãs de longa data gostem de tudo, mas acredito que, quando tiverem a chance de ver o Yeti, isso trará sorrisos extras, com certeza. Pessoalmente, toda vez que vejo um Girassol adormecer no modo Dia Nublado e começar a roncar, eu dou uma risadinha. É perfeito e muito encantador.
R – Plants vs. Zombies sempre teve um senso de humor único, misturando o bizarro com o adorável. Como foi revisitar esse tom em 2025, em um contexto de jogos mais sérios e cinematográficos?
J – O tom de Plants vs. Zombies é especialmente único. Tendo trabalhado em muitos jogos mais ‘sérios’, posso dizer que é realmente revigorante trabalhar em um jogo que faz as pessoas sorrirem e rirem tanto quanto este. Sempre ouço que a comédia é difícil de escrever em filmes ou séries de TV, e acho que o mesmo vale para os videogames. Poder trazer alegria e risadas aos jogadores com este jogo é uma grande oportunidade.
R – Replanted parece reacender o amor pela marca. Podemos considerar esse relançamento como um “recomeço” para Plants vs. Zombies — talvez abrindo espaço para novos capítulos ou experimentos no universo da série?
J – Temos muitas ideias, e ouvimos bastante dos fãs sobre os jogos que eles gostariam que fizéssemos. Por enquanto, estamos focados em Plants vs. Zombies: Replanted, mas posso dizer que estamos sempre pensando em quais podem ser os novos capítulos — ou quais experimentos podemos fazer dentro desse universo.
Editor de Games
Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.
