Review de Scorn: lindo, grotesco e cheio de suspense
Jogo se destaca em meio a um mercado de 'mesmices'
“Único” é a palavra que melhor define Scorn, em um mercado muito criticado por jogos cujas mecânicas e premissas colocam vários títulos num ciclo bem “mais do mesmo”, Scorn desponta facilmente como algo em que se difere da maioria.
Focado na jornada, Scorn deixa como coadjuvantes porções de ação ou combate com tiros para ganhar um status mais próximo de um adventure do que de um FPS, apesar de ser em primeira-pessoa. O design orgânico (e meio nojento) misturado com tecnologia chama a atenção para um estilo bem H.R. Giger, que se você não conhece, foi o responsável pelo design da criatura do clássico filme 'Alien, o Oitavo Passageiro'.
A jornada proposta aqui é bem 'biomecânica', um Survival-Horror de verdade (e não é para qualquer um), mas que irá agradar bastante o nicho, com quebra cabeças muito inteligentes e uma cadência mais lenta, especialmente no início.
Falando do início do jogo, é bom salientar que o começo nem de longe é a melhor parte do game, estamos falando de uma experiência que vai melhorando ao longo do gameplay, a medida onde o jogador progride na história. E por falar em história, Scorn tem uma boa dose de interpretação envolvida, não vão faltar referências e metáforas que para as mais variadas mentes por trás de um controle se aventurando pelo game. Cada um encontrará a sua maneira de entender e interpretar a mensagem que o game quer passar.
Muito dessa sensação se dá pelo fato do jogo não ficar tentando se explicar, não tem nada revelando onde você está ou mesmo que está acontecendo, não tem itens com descrições, não tem npcs falando e revelando a história, nada do tipo. O jogador simplesmente desperta e começa a tentar entender tudo que está acontecendo e como aquele mundo funciona.
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O clima de suspense é constante e é uma das maiores sensações que o game te traz, você, sem dúvida, não ficará confortável enquanto joga. O jogador naquele momento está entrando em uma experiência sensorial bem diferente dos jogos mais “padrão”, aos quais está acostumado a se divertir e talvez essa seja uma boa razão para o jogo não ser muito longo, tendo cerca de 8 horas no total.
Então, se você curte a ideia de uma experiência que irá tirar você da zona de conforto, sem ação rápida, mas sim focado em quebra-cabeças, onde até existem dois ou três “inimigos”, mas que definitivamente o jogo não é sobre eles ou o combate com eles, junte a esse pacote uma arte inegavelmente incrível em um game onde as coisas acontecem lentamente e você encontra sua razão de estar ali na arte, som e clima do jogo. Se tudo isso faz sentido para você, você adorará Scorn.
Nossas críticas são poucas, na verdade, um dos pontos-fracos é que achamos o game todo muito igual, com poucas mudanças nos ambientes e nas texturas, além de ser um pouco vazio, com longas partes aonde nada acontece. Talvez essa característica faça parte do que o desenvolvedor quis entregar, pois você tem essa sensação mais solitária enquanto joga, quem sabe se houvesse um pouco mais de inimigos, mas de fato, Scorn não é um rock como DOOM, nessa comparação está mais para um arranjo clássico de violoncelo e piano.
Review feito no PC (Steam)
-Ryzen 7 5800X
-Cooler DeepCool Captain 360 Custom
-MB BIOSTAR X570 Racing GT8
-32GB (4x8GB) Corsair Vengance RGB PRO 3600MHz
-1 x NVMe 1TB Western Digital Black PCIe4.0 (Sistema)
-1 x NVMe 1TB Kingston Fury Renegade PCIe4.0 (Games)
-1 x NVMe 1TB Asgard Blue (Games)
-2x 3TB Seagate + 2x 5TB Seagate
-Placa de Video Asus RTX 2070 OC Dual
-Gabinete DT3 Sport HyperSpace
-Fonte Cooler Master MWE 1050w
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-Monitor 1 = Concordia 27" H270F @ 165Hz
-Monitor 2 = Samsung 27" T27350B
-Aux TV 49 curva 4k Mod 6300
-Teclados Gamdias Hermes P1A + MadCartz Titanfall
-Mouse EVGA Torq X10
-MousePad Havic 90x30
